terça-feira, 10 de maio de 2011

A arte de agradar

Dia desses o governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB) bateu um papo com um conhecido jornalista de Vilhena.
O governador dizia que seu melhor secretário é Júlio Olivar, que na realidade é superintendente de Turismo do Estado.
- Onde eu colocar o Júlio ele se dá bem. Se eu colocá-lo na Educação, ele dá conta. Se eu o colocar na Segurança, também – dizia o governador.
Pode parecer algo estranho, porque Júlio Olivar é de Vilhena, e jornalista.
Como Confúcio conversava com outro jornalista de Vilhena, passou até a impressão de que não falava a realidade, e que estava só querendo agradar o interlocutor.
- Além do Júlio Olivar, só tem mais uns dois ou três secretários que são bons. Os outros vou ter que trocar todos – dizia Confúcio Moura.
Aparentemente, nesse momento o governador se lembrou que falava com alguém de Vilhena e emendou:
- Ha, tem também a Vera Paixão. Ela também trabalha bem.
É bom lembrar que Confúcio conversava com um jornalista de Vilhena, cidade onde mora a secretária de Estado de Administração, Vera Paixão.
De repente o governador olha de lado e percebe que o diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), engenheiro Lúcio Mosquini ouvia a conversa, e não teve dúvidas.
- Ah, tem também o Lúcio, que é muito bom.
Resta torcer para que o governador estivesse apenas querendo agradar o jornalista de Vilhena, dizendo que o pessoal de lá é que é bom.
Porque, se realmente Confúcio disse a verdade, a situação está feia mesmo.
Se quem tem o poder de nomear e exonerar está descontente com quase todos os secretários, imaginem a população.

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