segunda-feira, 26 de março de 2012

De novo


A tal Mirian da Sejus não é citada somente no depoimento do ex-assessor da Assembleia Legislativa, Rafael dos Santos Costa. O empresário José Miguel Saud Morheb, ao depor, também disse que entregava dinheiro para ela. Rafael explicou que a mulher tinha um relacionamento com o ex-assessor da governadoria, Rômulo da Silva Lopes, por isso o indicou para pegar R$ 20 mil todo mês para a Sejus.

Contrato
José Miguel pagava os R$ 20 mil por mês para que os processos de sua empresa, a Maq-Service, não ficassem parados como acontecia anteriormente, logo que o atual governo assumiu. Ele demorou quatro meses para começar a receber, e só conseguiu que os valores começassem a ser quitados quando começou a pagar propina.

Poderosa
Rafael alegou desconhecer como o dinheiro era distribuído na Sejus, mas diz saber que a tal Mirian ficava com uma parte. Ele não disse o sobrenome dela, por isso aparentemente ela ainda não foi identificada, mas pelo jeito tinha o poder de acelerar ou parar o andamento de processos na superintendência.

Careca
Pelo que é possível entender dos depoimentos, o relacionamento entre o casal começou a azedar por conta de indiscrições de Rômulo, que de acordo com o que foi apurado pela Polícia Federal também era conhecido como “Careca”. Era voz corrente que havia uma Mirian da Sejus que mantinha um relacionamento com um tal de careca.

Namoro
Tudo fluía bem enquanto Rômulo mantinha sua fidelidade no relacionamento com a tal Mirian da Sejus, mas de repente as coisas começaram a ficar turvas. O ex-assessor foi uma noite à casa de José Miguel, conforme ele diz em seu depoimento, em um Línea preto com placa do governo para pegar R$ 4 mil. Na ocasião Rômulo disse que depois iria para o motel com uma outra mulher.

Aviso
José Miguel conta que alertou Rômulo para o risco de ir para o motel em um carro do governo. O ex-assessor respondeu que não haveria perigo, porque a placa era de segurança. Para quem não sabe, carros com placas de segurança são dirigidas geralmente por policiais. A placa é “fria” e não bate com a documentação. Quando um carro assim é parado pela Polícia, geralmente o policial que o dirige se identifica e explica que faz a segurança de autoridades.

Briga
Em seguida, José Miguel disse em seu depoimento que após Rômulo brigar com Mirian, Rafael pediu duas vezes R$ 6 mil para entregar para a mulher da Sejus. O valor era para renovação do contrato no órgão. Pelo jeito, Miriam teria ficado “pê” da vida e por isso resolveu não deixar que Rômulo continuasse pegando dinheiro para pagar gente na superintendência.

Cotovelo
A atitude de Mirian pode ser compreendida. Por manter um relacionamento com Rômulo, ela o indicou para que ele pegasse os R$ 20 mil todo mês, mas depois que ele resolveu ir para o motel com outra mulher em um carro oficial, com placa de segurança, tudo foi rompido. Pior para José Miguel, que além de entregar os R$ 20 mil por mês para Rômulo ainda teve que ficar pagando a tal Mirian.

Investigação
Fica de novo a sugestão ao governo do Estado, para que tente identificar quem seria essa Mirian que tanta propina teria recebido na Sejus. É claro que não está fácil, porque o sobrenome dela não aparece nos depoimentos. Mas se os sigilos bancários das Mirians forem quebrados, talvez seja possível encontrar alguma coisa.

Aspirador de pó
Aparentemente a calmaria voltou a reinar no PMDB depois de esclarecida a situação entre Davi Chiquilito e o presidente do Conselho Estadual para Combate às Drogas (Conem), Neirival Pedraça. Circulou que Pedraça havia dito que Davi Chiquilito tinha uma carreira brilhante pela frente, se referindo ao futuro promissor do rapaz.
Não se sabe bem a razão de ter circulado a informação de que Davi Chiquilito não teria gostado da afirmação de Neirival Pedraça. Certamente o ex-comunista Davi teria se irritado porque Pedraça não teria apoiado uma provável indicação de sua pré-candidatura à prefeitura de Porto Velho. Então, como dizer que o rapaz tem pela frente uma carreira com muito brilho, se não concede apoio?
De qualquer maneira se passou um aspirador de pó em cima da situação criada em torno de Davi Chiquilito. Pedraça esclareceu que não disse nada daquilo e que nunca teve a intenção de atingir o ex-comunista. Assim, agora é hora de apoiar a pré-candidatura do medico José Augusto. Davi já havia anunciado que não é pré-candidato.

Atrás do toco
Em Candeias do Jamari, perto da Capital, onde fica a sede do Ministério Público, a lambança continua e não aparece ninguém para meter determinadas autoridades na jaula. Agora está havendo uma invasão no Km 45. O cúmulo é que a Polícia agiu e os invasores declararam na delegacia que as estradas estão sendo abertas pela prefeitura. Assim, eles simplesmente vão entrando nos lotes.

Desde que o ex-deputado federal Lindomar Garçom (PV) assumiu a prefeitura de Candeias, começou a haver fortes indícios de a prefeitura incentivar invasões e oferecer terras públicas a amigos. Crimes são cometidos e há uma demora em iniciar o processo de responsabilizar os autores. É preciso tirar a venda daquela mulher que algumas vezes segura uma espada e em outras uma balança.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Mirian


Depoimento prestado pelo ex-assessor da Assembleia Legislativa, Rafael dos Santos Costa, durante a Operação Termópilas, demonstra que ele ganhava bem. Mas o que intriga mesmo é uma tal de Mirian, da Sejus, que ele cita constantemente. Mas em termos de ganhos Rafael recebia de salário R$ 4.400,00 da Assembleia, R$ 5 mil para agilizar o andamento de processos na Sejus e mais R$ 5 mil pelos processos na Sesau.

Propina
Rafael Costa lembra que a quadrilha que desviava recursos públicos do tesouro estadual havia reservado R$ 20 mil para pagar servidores da Sejus e mais R$ 20 mil para servidores da Sesau. Mas em momento algum ele admitiu que se tratava de propina. Preferiu dizer que era uma forma de o pessoal dessas secretarias trabalhar de boa vontade, dando celeridade aos processos.

Relacionamento
Nesse momento Rafael Costa cita o nome de Rômulo. Na realidade, deve tratar-se de Rômulo da Silva Lopes. Caso seja ele, é aquele assessor do governo preso na residência oficial. Inicialmente Rômulo era assessor da Sejus, mas depois foi colocado em um lugar mais estratégico, onde podia pegar a assinatura do governador em processos que beneficiavam a quadrilha.

A tal
Rafael Costa diz, então, que entregava os 20 mil destinados à Sejus ao próprio Rômulo da Silva, que havia sido indicado por Mirian para receber a propina. Cita, ainda, que Rômulo e Mirian tinham um relacionamento (não disse de que tipo). Alega, também, desconhecer como o dinheiro era distribuído na Sejus, mas diz saber que a tal Mirian ficava com uma parte. Ele não disse o sobrenome dela.

Investigação
Seria interessante o Executivo iniciar uma investigação interna para saber quem é essa tal Mirian citada no depoimento de Rafael Costa. Se ela ainda estiver no governo, é algo perigoso. Por isso talvez até valesse a pena pedir a quebra do sigilo bancário das Mirians que pudessem estar ajudando a quadrilha.

Mais de uma
O caso é que existem muitas Mirians em Porto Velho, por isso de início é complicado saber de qual delas Rafael Costa estava falando. Na prefeitura da Capital tem uma Mirian poderosa, mas com toda certeza esta não tem acesso à Sejus. É uma forte indicação de que o ex-assessor da Assembleia estava falando de outra Mirian.

Comissão
A Comissão Parlamentar Processante (CPP) se reúne novamente na próxima terça-feira e poderá intimar ex e atuais assessores do Executivo e da Assembleia Legislativa para prestar depoimento. A CPP é o início do julgamento político dos deputados acusados na Operação Termópilas de envolvimento com a quadrilha que dilapidava os cofres do Estado.

Tendência
Como o relator da CPP é o líder do governo, deputado Edson Martins (PMDB-Urupá), a tendência é que seu relatório seja pelo pedido de cassação do mandato do presidente afastado da Assembleia Legislativa, Valter Araújo (PTB-Porto Velho). Só não se sabe se ele conseguirá identificar a tal Mirian pra prestar depoimento. É bom lembrar que na eleição para presidente da Assembleia ele estava inscrito nas duas chapas.

Fica fora
O ex-deputado Amauri dos Santos (PMDB-Jaru), mais conhecido como Amauri dos Muletas, não deverá mais ser nomeado assessor da Casa Civil. Entrou areia na tentativa de emplacar o ficha suja na principal assessoria do governo, porque o assunto vazou. Amauri responde a cerca de 20 processos por corrupção, peculato, desvio de recursos e improbidade administrativa. Em um deles, ele já foi condenado.

Gente brava no PMDB
Circula nos bastidores políticos que o neo peemedebista Davi Chiquilito estaria uma fera com o presidente do Conselho de Prevenção contra as Drogas (Conen-RO), o também peemedebista Neirival Pedraça. Por conta disso, o jovem ex-comunista Davi estaria reclamando muito. Pedraça não teria dito nada de mais. Em outras palavras, teria afirmando que o rapaz estava com uma carreira brilhante pela frente.
Aparentemente, essa história não está cheirando bem. Não há nada de mais em citar uma carreira com muito brilho. Mas, de qualquer forma, não deverá ser nada que não possa ser resolvida com uma boa conversa. São duas potenciais lideranças existentes dentro do PMDB. A tendência é que os dois voltem a se entender bem o mais depressa possível.
O mais intrigante é que Pedraça afirma que não falou nada disso. Pode ser que seja gente da oposição fazendo tempestade dentro de um copo d’água. Pedraça, como presidente do Conen, pode ajudar Davi Chiquilito. É que devido à sua função ele viaja muito e assim conhece muita gente. Pode perfeitamente levar o nome de Davi como um bom candidato a qualquer cargo eletivo.

Atrás do toco
O deputado Ribamar Araújo (PT-Porto Velho) encaminhou ofício ao gabinete de um deputado citando a placa de um veículo oficial. Disse que o carro foi visto em um balneário no final de semana. O deputado pediu a Ribamar as fotografias ou o vídeo, para comprovar a denúncia. O petista disse que não precisava de nada disso e que era só demitir o funcionário.

Estranha a atitude de Ribamar Araújo, de condenar alguém sem provas. Mais estranho ainda é o fato de ele pertencer à Comissão Parlamentar Processante (CPP), que iniciará o julgamento de deputados. Pelo jeito, com Ribamar, nenhum deles terá sequer direito à defesa. Já que existe denúncia, a tendência do deputado é condenar os colegas imediatamente.

Farpas



Recentemente o clima esquentou ainda mais entre o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), e simpatizantes da ex-senadora Fátima Cleide. Ela é pré-candidata à prefeitura da Capital, mas Sobrinho já manifestou sua preferência por Dilminha de Rondônia e anda pedindo votos para sua pupila. Por conta disso, estaria lançando farpas em direção a Fátima.


Prévias
As prévias do PT estão marcadas para o próximo dia 25. Concorrerão, além de Fátima Cleide e Dilminha de Rondônia, o vereador Claudio Carvalho e José Neumar. Esses dois últimos, Sobrinho tem deixado quieto, mas tem descarregado o verbo na ex-senadora e também em alguns dos aliados dela, que pedem votos para a militância, contrariando o prefeito.


Resposta
Por conta disso, circula nos corredores os comentários de que nunca ninguém do gabinete da ex-senadora foi sequer processado e muito menos saiu preso. O mesmo não pode ser dito por Roberto Sobrinho, que sozinho responde a mais de 130 processos movidos pelo Ministério Público do Estado. Se continuar nesse ritmo, ultrapassará Ivo Cassol (PP) em pouco tempo.


Alvo
Não é que o senador Ivo Cassol esteja devendo alguma coisa. Mas é que Roberto Sobrinho criticava constantemente o ex-governador. Por ironia do destino agora está em uma situação muito parecida. Pelo menos agora o prefeito parou de falar de Cassol. De qualquer forma, atualmente o alvo do prefeito passou a ser outro, devido às prévias.


Gosta
Aparentemente o presidente do Sindsef, ex-deputado Daniel Pereira, gosta mesmo de apanhar. Todo mundo sabe que ele foi colocado para fora do PT porque estava crescendo muito e isso estava incomodando algumas correntes existentes dentro do partido. O ex-deputado Nereu Klosinsky estava em situação pior e foi inocentado pelos petistas.


Sintero
A atitude de Daniel Pereira é difícil de ser entendida. Na suspeita eleição do Sintero ele apoiou a atual diretoria, apesar dos escândalos envolvendo o grupo que comanda o sindicato dos professores há cerca de 20 anos. Daniel sempre foi reconhecido como alguém honesto, que não se envolve em atividades nebulosas. Como explicar isso?


Eleição
A eleição do Sintero foi marcada por denúncias de corrupção e de abuso do poder econômico. Agora, na nova apuração determinada pela Justiça do Trabalho, foi comprovado que havia votos de pessoas que simplesmente não existem. Apesar disso, o grupo vencedor teve o apoio de Daniel Pereira. Assim, ele coloca sua própria credibilidade em xeque. Tem aquele ditado do diga-me com quem andas.


Movimentação
Por falar em eleições, causou movimentação no PMDB o anúncio da pré-candidatura do médico José Augusto à prefeitura de Porto Velho. Até então havia apenas um pré-candidato considerado forte entre os peemedebistas: o diretor geral do Deosp, Abelardo Townes de Castro, o Abelardinho. Agora existe opção no partido.


Agrada
O próprio Abelardinho recebeu de bom grado o anúncio da pré-candidatura de José Augusto. O diretor do Deosp disse que isso demonstra que existe democracia no PMDB. E ele vai além. Garante que não terá problema algum em apoiar José Augusto, se o nome dele for o escolhido pelos delegados do partido.


Mudanças em Vilhena
Houve uma mudança de rota na prefeitura de Vilhena. Está certo que durante a campanha em que se elegeu, o prefeito José Rover (PP) tinha prometido mudanças, mas pouca gente esperava que fosse algo assim. O discurso de Rover se baseava em três pontos: apoio à agricultura, redução do número de cargos comissionados e investimentos na área de saúde. Aparentemente a situação piorou, o que deve complicar sua situação nas eleições deste ano.
Rover aumentou o número de comissionados de 600 para 1.300, enquanto havia prometido reduzir os cargos pela metade. A área rural ficou abandonada durante praticamente todo o seu mandato. Hoje ele não tem máquinas para atender os produtores. Se enviar os tratores da prefeitura para as linhas, fica sem equipamentos para recuperar as ruas. Se contratar uma empresa para esse fim, quebra o discurso moralizador de campanha.
A situação da saúde em Vilhena só não está pior devido às ações do deputado Luizinho Goebel (PV). Ele garantiu o repasse de R$ 2 milhões para que fosse instalada uma UTI no município. A cidade também não ficou abandonada porque logo no início da administração Rover, Luizinho Goebel conseguiu 50 máquinas do governo para a manutenção das ruas e depois ainda garantiu 28 quilômetros de asfalto para o município.


Atrás do toco
A capacidade do prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), novamente está sendo colocada à prova com a cratera aberta na BR-364. Os veículos estão passando pela Zona Leste, que não tem estrutura para receber o trânsito pesado. As filas quilométricas causam transtornos tanto aos moradores quanto aos motoristas.


A prefeitura poderia pelo menos providenciar a recuperação das ruas utilizadas pelos motoristas. Vários protestos já aconteceram, mas o prefeito não tomou as providências. Pelo jeito o desvio deverá ser utilizado durante alguns meses. Se a situação persistir até próximo das eleições, ficará mal para o partido do prefeito.

Reclamações


Auditores fiscais devem procurar o deputado Euclides Maciel (PSDB-Ji-Paraná) para conversar. Na tribuna, o parlamentar reclamou do fato de a categoria ter que lavrar uma grande quantidade de autos de infração para ter um salário de R$ 20 mil por mês. É que eles recebem produtividade, devido a projeto aprovado pelos próprios deputados.

Letras miúdas
O caso é que os deputados entraram em uma situação parecida aos golpes dados em quem não lê as letras miúdas antes de assinar um contrato. O Executivo encaminhou um projeto imenso para ser votado em caráter de urgência e lá pelo meio estava a gratificação por produtividade aos auditores fiscais. Assim, os parlamentares aprovaram ser ler.

Intenção
Mas o deputado Euclides Maciel nada tem contra os auditores e não está achando nem um pouco ruim que eles ganhem R$ 20 mil por mês. A reclamação do parlamentar tem sido com a forma como isso está acontecendo. Ele não está reclamando propriamente do salário, e sim da indústria das multas que foi instalada com a aprovação do projeto.

E os outros?
Trata-se de uma situação complicada. Algumas categorias, como auditores e procuradores recebem altos salários, enquanto a maioria ganha pouco, como por exemplo professores. Está na hora de o governo rever esse quadro. É por isso que estouram greves de vez em quando no Executivo. É preciso implantar uma política salarial mais justa.

Presídio
Interessante o modelo de presídio industrial que a ex-superintendente da Supen, Mirian Spreáfico, queria implantar em Vilhena. É algo que merece existir em Rondônia, porque proporciona uma atividade ao apenado. É muito melhor ter o condenado trabalhando do que tendo tempo para planejar rebeliões e extorsões.

Encrenca
Na época em que Spreáfico queria implantar o presídio industrial, teve problemas com o deputado Luizinho Goebel (PV-Vilhena). Isso porque ela teria tentado enganar o deputado em relação ao local onde o presídio seria construído. Depois, para piorar, a Supen teria tentado fazer a obra sem licitação, alegando que apenas uma empresa poderia ser capaz da execução. Assim não dá.

PT
No próximo dia 25 o Partido dos Trabalhadores realiza em Porto Velho as prévias para decidir que é o pré-candidato à prefeitura da Capital. A ex-senadora Fátima Cleide e o vereador Cláudio Carvalho procuram os filiados para pedir votos. A pré-candidata Dilminha de Rondônia está mais tranquila. O prefeito Roberto Sobrinho estaria pedindo votos por ela.

Rejeição
Fátima Cleide e Cláudio Carvalho contam com a rejeição de Dilminha de Rondônia dentro do partido. Nos últimos anos ela se manteve afastada dos filiados e sua função foi impedir que o público em geral tivesse acesso ao prefeito Roberto Sobrinho. Agora é difícil pedir votos para ela, porque até ontem a relação dela com os filiados não estava boa.

Água fria
Como gato escaldado tem medo de água fria, se o nome escolhido não for o de Dilminha de Rondônia, algumas correntes existentes dentro do PT serão contra deixar Roberto Sobrinho coordenar a campanha eleitoral. Ele já foi coordenador nas últimas eleições estaduais e deu no que deu. Teve que ser substituído no segundo turno.

Povo inteligente
Parente de assessores do prefeito de Vilhena, José Rover (PP), podem ser considerados o supra sumo da inteligência. Pelo menos 70 pessoas ligadas ao pessoal de Rover passaram no concurso feito pela prefeitura para contratação de servidores. É claro que não pode se tratar de favorecimento descarado aos aliados, por isso só resta acreditar que os aliados do prefeito são muito mais inteligentes que os adversários.
O duro é que os adversários de Zé Rover não estão acreditando na capacidade dos aliados do prefeito, por isso mesmo está havendo todo tipo de comentário em Vilhena. É filha recém formada de assessor passando em cargo de nível superior, é filho de aliado vencendo uma grande quantidade de concorrentes. É capaz que alguém levante algum questionamento durante a campanha eleitoral.
Em relação ao funcionalismo, Zé Rover não é bem visto em Vilhena. Na campanha em que se elegeu, ele combatia o que chamava de excesso de servidores comissionados e dizia que iria reduzir o número pela metade. Na época eram 600 cargos. Acontece que agora existem 1.300. Para complicar a vida dele, hoje tem o resultado desse concurso, onde inteligentíssimos parentes de aliados foram aprovados.

Atrás do toco
O secretário chefe de Casa Civil, Juscelino Moraes do Amaral, está sendo muito bem visto pelos deputados na Assembleia. Consegue manter um bom relacionamento com eles e adotou uma estratégia e tanto. Pede aos prefeitos que acionem os parlamentares, antes de procurarem o Executivo para pedir alguma coisa. Está dando certo.

Isso fortalece os deputados em suas bases eleitorais. Eles podem dizer aos eleitores que ajudaram a conseguir o que for dado aos prefeitos. E quando o parlamentar vai com o prefeito à Casa Civil pedir algo, acaba se construindo uma via de mão dupla. Quando o Executivo precisa aprovar alguma coisa, Juscelino procura os deputados.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Bem situado


Na disputa pela prefeitura de Vilhena, pesquisa do Instituto Phoenix aponta empate técnico entre o deputado Luizinho Goebel (PV) e o prefeito José Rover (PP), que deverá concorrer à reeleição. Em primeiro lugar está o ficha suja Melki Donadon (PTB), mas este está impedido de concorrer nas eleições deste ano.

Transferência
Como o ficha suja Melki Donadon e o prefeito José Rover trocaram muitas farpas nas últimas eleições, a tendência é que os eleitores do primeiro migrem para o deputado Luizinho Goebel, que já foi lançado pré-candidato pelo seu partido. O caso é que os eleitores de Melki travam uma espécie de batalha com os de Rover.

Problemas
Zé Rover tem mais um problema. Está difícil para ele manter o discurso da campanha anterior. Em nome da moralidade o prefeito tinha prometido, por exemplo, acabar com metade dos 600 cargos comissionados existentes no município. Em vez disse criou mais 700. Isso sem falar no escândalo do concurso público realizado recentemente.

Hegemonia
Apesar de Zé Rover ter quebrado a hegemonia do clã Donadon em Vilhena, acabou se atolando em problemas, enquanto Luizinho Goebel começou a correr por fora. O deputado encaminhou um grande volume de recursos para todo o Cone Sul, assegurando a execução de muitas obras. É claro que o eleitorado gosta disso.

Ji-Paraná
Outro deputado que está bem contado para concorrer a uma prefeitura é Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná). Seu principal adversário seria Izau Fonseca (PSDC), barrado pela lei da Ficha Limpa. O segundo colocado, segundo pesquisa do Instituto Phoenix, é Ari Saraiva (PSDC). Se ele aceitar ser pré-candidato a vice de Jesualdo, pode virar deputado em 2015.

Garfados
Ontem o deputado Euclides Maciel (PSDB-Ji-Paraná) estava irritado. Juntamente com Jesualdo Pires (PSDC-Ji-Paraná), ele passou um ano pedindo recursos para melhorar a situação do IML de Ji-Paraná. Agora que o dinheiro veio, a vereadora Solange Pereira (PMDB), o peemedebista Romildo Pereira, marido dela, e o sub-chefe da Casa Civil, Edvaldo Soares, se dizem os pais da criança.

Apoio
Euclides Maciel apóia Jesualdo na corrida pela prefeitura de Ji-Paraná. De acordo com o tucano, os peemedebistas da Capital da BR devem correr atrás de recursos para o município, sem tentar se apropriar do que é obtido pelos deputados. Mas isso acontece por causa da proximidade da campanha eleitoral. Solange Pereira também é pré-candidata à prefeitura.

Produtividade
Por falar em Euclides, ele “chiou” em relação à produtividade paga aos auditores fiscais do Estado. O deputado nada tem contra eles ganharem R$ 20 mil por mês, mas vincular isso à produtividade pode ser desleal em relação aos empresários. É que para ganhar esse salário os auditores precisam multar muita gente.

Juscelino
O peemedebista Amauri dos Santos, mais conhecido com Amauri dos Muletas, pode dar adeus à pretensão de conseguir uma assessoria na Casa Civil. O caso é que não deu liga entre ele e o secretário Juscelino Moraes do Amaral. O chefe da Casa Civil teria se assustado com o tamanho da ficha de Amauri.

PMDB discute pré-candidaturas
Os peemedebistas de Porto Velho se reúnem hoje, às 18h30, no auditório do diretório estadual, para discutir as pré-candidaturas a vereador. A intenção é montar uma nominata forte para ocupar o maior número possível de cadeiras na Câmara. Outro tema que será discutido é a comemoração dos 56 anos do partido. A perspectiva é a de lotar o auditório.
A situação dos pré-candidatos à prefeitura só será discutida depois. Ainda existe uma insistência de caciques do partido em lançar o neo peemedebista Davi Chiquilito, aquele assessor da governadoria que não é visto no local de trabalho desde que foi nomeado com um CDS 20, no valor de R$ 8 mil. Deve assessorar o governo em algum outro local, portanto.


Atrás do toco
A possibilidade de a Assembleia Legislativa chamar para prestar depoimento o ex-secretário-adjunto da Saúde, José Batista da Silva, tem assustado algumas pessoas. Já se sabe que ele entregou depoimento ao Ministério Público do Estado (MPE). Alguns parlamentares querem que ele diga a mesma coisa à Comissão Parlamentar Processante (CPP).

Os deputados da CPP se reúnem novamente na próxima terça-feira, às 9 horas, no plenarinho. A partir desta reunião deverão sair os nomes de quem será chamado para prestar depoimento. Os parlamentares acionados pelo MPE certamente serão convocados. Mas a CPP poderá chamar também que não tem não tem mandato, como é o caso de Batista.

Ausência


O deputado Ribamar Araújo (PT-Porto Velho) foi a grande ausência na reunião da Comissão Parlamentar Processante (CPP), realizada na manhã de terça-feira no plenarinho da Assembleia Legislativa. Antes ele parecia apressado, chegando a dizer que os deputados não deveriam nem mesmo ter tido o recesso parlamentar, porque os colegas acusados na Operação Termópilas deveriam ser julgados logo.

Entrevista
Recentemente Ribamar Araújo disse na imprensa que a CCJ estava trabalhando lentamente. Por conta disso, parte da imprensa começou a considerar que os deputados estavam “enrolando”. Foi por isso que muita gente estranhou o não comparecimento de Ribamar à reunião de ontem.

Presentes
Compareceram à reunião da CPP o presidente, deputado Eurípedes Lebrão (PTN-São Francisco), o relator, deputado Edson Martins (PMDB-Urupá), e o vice, Lorival Amorim (PMN-Ariquemes). O deputado Valdivino Tucura (PRS-Cacoal) não compareceu, mas este havia avisa há mais de uma semana que no dia 13 precisaria ir a Brasília.

Secreta
A reunião da CPP foi a portas fechadas, a pedido de Edson Martins e Lorival Amorim. Cinco advogados contratados por deputados participaram, e também assessores técnicos da Assembleia Legislativa. Os levantamentos dos processos continuam sendo feitos pela Casa, para que a comissão tenha subsídios.

Convocação
O presidente da CPP, deputado Lebrão, não descartou a hipótese de convocar todos os envolvidos para que façam a defesa. A próxima reunião está marcada para o próximo dia 20, quando provavelmente sairão as convocações. Acusados que não têm mandato também podem ser chamados para dar explicações.

Lero
Rolando Lero esteve na tarde de ontem na Assembleia Legislativa, mas só conversou com alguns deputados nos bastidores. Não entrou no plenário. Deve ter sido porque alunos da Escola Branca de Neve promoviam um protesto. O comentário era que a Seduc não conseguia resolver nem mesmo um problema de reforma em um colégio, quanto mais colocar em prática as mirabolantes idéias do assessor do governo.

Acordo
Depois de quase terem sido garfados por deputados governistas, diretores do Sindsaúde assinaram um acordo com o chefe da Casa Civil, Juscelino Moraes do Amaral. O governo se comprometeu a não retirar da proposta de terceirizar a saúde o artigo 52, que garante a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), antes de entregar hospitais a Organizações Sociais (OSs).

Cumprido
O que se espera agora é que os demais secretários e assessores do governo cumpram os acordos feitos por Juscelino Amaral. O ex-secretário Ricardo Sá ficou sem credibilidade porque os compromissos feitos por ele não eram honrados pelos assessores. O chefe da Casa Civil representa o governador. Até parentes precisam entender isso.

Parou
O governador Confúcio Moura (PMDB) mandou parar todos os contratos “de boca” firmados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Muitos não serão colocados no papel, porque é preciso definir o que será feito pelo governo e o que ficará sob responsabilidade das Organizações Sociais (OSs) que deverão assumir a administração de hospitais públicos.

O supra sumo Rolando Lero
Defensores do assessor especial do governo para assuntos aleatórios, Rolando Lero, atestaram sua capacidade. Reconheceram, no entanto, que seus conhecimentos são muito elevados para Rondônia. Como ele se formou na Universidade de Sorbonne, o pessoal do Estado, que é meio índio, dificilmente entenderá suas idéias côncavas e convexas. Seria exatamente por isso que ele fala tanto quando visita Porto Velho, pois precisa ter certeza que todos o entenderão.
A primeira impressão que se tem é que Rolando Lero se considera o supra sumo da inteligência. Mas é somente o jeitão dele mesmo. De início, dificilmente ele dará alguma idéia que possa ser aplicada em Rondônia. Por conta disso, parece ter decido mudar a mentalidade dos assessores do governo, numa espécie de catequização em reuniões regadas a muito uísque, que entram pela madrugada adentro.
Quando Rolando Lero tiver certeza que os assessores do governo estão à altura de colocar em prática os projetos que ele tem a oferecer, aí então ele começará a apresentar algumas idéias. Há, sim. Lero é aquele cidadão que foi a uma solenidade no Tribunal de Contas de Rondônia, quando era ministro, e saldou o povo de Roraima. Mas hoje, como assessor do governo, ele já sabe que RO é Rondônia e que Roraima é RR.

Atrás do toco
O ex-deputado Amauri dos Santos (PMDB-Jaru), conhecido como Amauri dos Muletas, está prontinho para assumir um cargo de assessoria na Casa Civil. Ele foi visto na última semana conversando com Juscelino Amaral e já teria dito a amigos que não vê a hora de ser nomeado. Ele não participou das últimas eleições e ficou fora da Assembleia.

Amauri dos Muletas responde a mais de 20 processos por corrupção, peculato, desvio de recursos, improbidade administrativa e diversas outras irregularidades. O ex-deputado já foi condenado em um dos processos e espera agora a publicação da condenação. É considerado um dos maiores fichas sujas existentes dentro do PMDB de Rondônia.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Detalhes


Leitores perguntam por mais detalhes em relação à loira vistosa que era assessora do governo do Estado e teve e repasse mensal de propina cortada por terminar o namoro com Rômulo da Silva Lopes. Como se sabe, Rômulo é aquele assessor especial que foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Termópilas na residência oficial.

Teve gente que ficou com dó da loira exuberante, devido à informação de que além de ter a propina mensal cortada ela foi exonerada do cargo, quando foi descoberto que a casa tinha caído. A denúncia do repasse de dinheiro desviado para a oxigenada figura foi feita pelo ex-assessor da assembléia Legislativa, Rafael Santos Costa.

Tranquilidade
Quem estiver preocupado com a situação da loira pode ficar tranquilo. Logo após ter sido exonerada de um cargo chave, em um local onde a quadrilha desviava dinheiro, ela foi nomeada para uma outra função, no governo mesmo. Viajou em seguida para o exterior, onde ficou um mês, com todas as contas pagas pelo contribuinte.

Voltou
A loira vistosa voltou de viagem e mostrou que tem padrinho forte. Concede entrevista para a imprensa oficial, tem as matérias enviadas para os veículos de comunicação. Não se sabe se no momento ela tem namorado ou não. As más línguas dizem que sim, e que não é mais o Rômulo da Silva Lopes.

Recadastramento
O pessoal do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tem desenvolvido um bom trabalho na tarefa de recadastrar os eleitores. O atendimento em si é rápido, mas na última semana quem procurava a Justiça Eleitoral precisava enfrentar uma longa fila. Mesmo assim, os servidores do TRE administram muito bem a situação.

Reunião
Hoje acontece a segunda reunião da Comissão Parlamentar Processante (CPP) na Assembleia Legislativa. O relator, deputado Edson Martins (PMDB-Urupá) tem 90 dias de prazo para a apresentação de um relatório sobre a situação dos colegas acusados na Operação Termópilas de envolvimento com a quadrilha que desviou milhões de reais do tesouro estadual.

Prazo
Como a CPP foi instalada na última terça-feira, hoje transcorreram oito dias do prazo para a apresentação do relatório. Acontece que deputados dizem que 90 dias é pouco tempo para verificar todos os processos em andamento no Tribunal de Justiça e ainda ouvir testemunhas e as gravações de depoimentos na Polícia Federal.

Batista
É tido como certo que os deputados solicitarão a presença do ex-secretário-adjunto de Saúde, José Batista da Silva, para prestar esclarecimentos à CPP. Nos corredores da Assembleia Legislativa circula a informação de que os parlamentares querem que ele conte tudo o que já teria dito ao Ministério Público do Estado (MPE).

Chefe
Entre alguns deputados existe a suspeita de que Batista seria um dos chefes da quadrilha. Ele teria sido o responsável pela manutenção dos esquemas de desvio de recursos no governo. O ex-secretário arrumava do dinheiro para pagar deputados e negociava na Assembleia a aprovação de projetos de interesse do Executivo.

Rolando Lero em Rondônia
O cidadão que ganhou no governo federal o apelido de Rolando Lero está novamente em Rondônia. Falante, ele tem sempre mil idéias, mas não consegue colocar nada em prática. Dizem que ele trabalha para o governo do Estado a custo zero, mas na realidade o cidadão dá muita despesa. É interessante ver se o investimento vale a pena, porque sua vinda sempre custa muitos zeros à direita.
O governo chegou a mobiliar uma casa para o cidadão, pagando um aluguel bem alto. Há uma série de erros no processo, porque no contrato consta que o imóvel foi alugado mobiliado. Isso teria sido para justificar o valor. Acontece que há documentação mostrando que os móveis foram mesmo comprados pelo governo. Mas não é nada que o hoje ouvidor Vicente Moura não possa explicar detalhadamente.
Segundo consta, uma conversa com Rolando Lero é sempre agradável, porque o homem fala muito bem. O problema é que o discurso do cidadão não pode ser colocado em prática. Já faz tempo que ele é assessor para assuntos aleatórios, mas até o momento o governo do Estado não mostrou um único projeto apresentado por Lero que possa servir para o Estado. Enquanto isso ele vai rolando a situação.

Atrás do toco
A insistência do prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), em apoiar a pré-candidatura de Dilminha de Rondônia à sua sucessão tem gerado mal estar dentro do partido. Ele traiu politicamente antigos aliados, como a ex-senadora Fátima Cleide e o deputado Cláudio Carvalho ao dar apoio irrestrito a Dilminha.

De acordo com petistas pré-históricos, mesmo com o apoio do prefeito, Dilminha não deve passar nas prévias do partido, marcadas para o próximo dia 25. Ela não estaria bem vista nem mesmo junto aos servidores comissionados da prefeitura. Deverá ser mais uma derrota de Roberto Sobrinho junto aos companheiros.


Amor
Um caso de amor mal resolvido entre assessores do governo foi revelado pela Operação Termópilas. A briga de namorados, ou ex-namorados, teria atrapalhado as ações da quadrilha que desviava recursos do tesouro estadual. Por conta disso uma loira vistosa teve que deixar o cargo. Por uma questão de Justiça, os leitores precisam saber o que aconteceu.

Processo
No processo movido contra o ex-assessor da Assembleia Legislativa, Rafael Santos Costa, ele diz que estava havendo um problema em determinado órgão. Rafael afirma que o namoro entre a loira bem apessoada e o assessor do governador, Rômulo da Silva Lopes, havia terminado. Por conta disso Rômulo teria interrompido o repasse mensal à exuberante mulher.

Comentários
De fato era voz corrente que o suposto namorado da loira vistosa morava na residência oficial. É compreensivo o fato de ela ter deixado o cargo, com as denúncias. Acontece que mulher bonita parece ter sorte quando os homens é que dão as cartas. Ela não ficou sem emprego. Foi nomeada assessora, demonstrando que continua tendo padrinho forte.

Chefe
O deputado Valter Araújo (PTB-Porto Velho), que está foragido, é apontado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal como chefe da quadrilha que desviava recursos do governo do Estado. Há algo estranho nisso. O ex-secretário-adjunto da Sesau era quem assegurava a manutenção dos esquemas. Era ele quem negociava com deputados.

Só um
Deve haver alguma razão para Batista ter pago os deputados. Aparentemente era para que aprovassem projetos de interesse do governo. Quer dizer então que Batista garantia os esquemas para pagar deputados, negociava com Valter Araújo e não era o chefe? É difícil para o leigo entender quem de fato mandava na quadrilha. Mas com certeza não havia dois chefes.

Tráfico
Para o leigo, essa situação se parece muito com o que acontece quando se trata de tráfico de drogas. A Polícia geralmente prende o pessoal pequeno, que fica mexendo com as sobras do dinheiro do pó. Enquanto isso os grandes traficantes geralmente ficam somente observando, enquanto gastam o dinheiro sujo.

Achaque?
Em Rondônia não existe imprensa marrom. Acontece que a imprensa arco íris está se esbaldando com todas as denúncias que apareceram. Alguns setores aumentaram consideravelmente o faturamento desde que estourou a Operação Termópilas. Todo mundo sabe, mas ninguém fala nada abertamente.

Acerto
Ter acesso a informações não é tão difícil quando se tem boas fontes. Acontece que para publicar algum material é preciso também ter documentação. Mesmo assim quem tem rabo de palha prefere fazer logo um acerto na hora do aperto. Dessa forma, quando estouram escândalos para alguns é momento de ganhar dinheiro para trocar o carro.

Estranho
Não se sabe a razão de o pessoal do prefeito Roberto Sobrinho (PT) ter suprimido o nome do secretário Municipal da Saúde de Porto Velho (Semsau), Williames Pimentel, do material mostrando que o atendimento na rede da Capital está muito bom. Méritos de Pimentel, que melhorou muito a situação dos centros de saúde, das policlínicas e da maternidade municipal.

Está de volta
Guilherme Erse está de volta à esfera política, agora como vice-presidente do diretório municipal do PSD em Porto Velho. Ele está ajudando o presidente, o presidente em exercíocio da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho, a estruturar a legenda na Capital. O partido conta em Rondônia com um deputado federal, dois deputados estaduais e 52 vereadores.
No encontro que reuniu PSD, PSDB, PV e PR na última semana, Guilherme Erse deixou claro que, se por acaso Hermínio Coelho desistir da pré-candidatura à prefeitura da Capital, seu nome estará à disposição. Dificilmente Hermínio desistirá, mas Guilherme aproveitou para marcar posição e deixar claro que pretende alçar vôos altos dentro da legenda, que já tem muitos filiados.
No PSD o clima é de confiança. Guilherme Erse afirmou que a aliança entre os quatro partidos, que poderá contar ainda com o DEM, tem tudo para eleger o próximo prefeito de Porto Velho, se fortalecendo para as eleições de 2014, quando os vereadores e prefeitos que forem eleitos agora ajudarão muito na campanha.

Atrás do toco
Alguns setores do PMDB não querem de maneira nenhuma a coligação com o PT para concorrer à prefeitura de Porto Velho neste ano. São os peemedebistas que defendem com unhas e dentes a candidatura própria. Tratam de tentar rifar a pré-candidatura do diretor do Deosp, Abelardo Castro, e afirmam que o melhor nome é o de Davi Chiquilito, recém chegado no partido após ter desistido de ser comunista.

Alguns peemedebistas estão extremamente confiantes em uma vitória de Davi Chiquilito que teriam decidido ajudar o cidadão a acabar com as falhas que podem lhe tirar votos. Assim, deverão tentar convencer o neo peemedebista a comparecer ao trabalho na governadoria, onde está lotado com CDS 20, no valor de R$ 8 mil. Isso deverá ser até fácil. Difícil será explicar que o expediente começa às 7h30.

terça-feira, 13 de março de 2012

Amor


Um caso de amor mal resolvido entre assessores do governo foi revelado pela Operação Termópilas. A briga de namorados, ou ex-namorados, teria atrapalhado as ações da quadrilha que desviava recursos do tesouro estadual. Por conta disso uma loira vistosa teve que deixar o cargo. Por uma questão de Justiça, os leitores precisam saber o que aconteceu.

Processo
No processo movido contra o ex-assessor da Assembleia Legislativa, Rafael Santos Costa, ele diz que estava havendo um problema em determinado órgão. Rafael afirma que o namoro entre a loira bem apessoada e o assessor do governador, Rômulo da Silva Lopes, havia terminado. Por conta disso Rômulo teria interrompido o repasse mensal à exuberante mulher.

Comentários
De fato era voz corrente que o suposto namorado da loira vistosa morava na residência oficial. É compreensivo o fato de ela ter deixado o cargo, com as denúncias. Acontece que mulher bonita parece ter sorte quando os homens é que dão as cartas. Ela não ficou sem emprego. Foi nomeada assessora, demonstrando que continua tendo padrinho forte.

Chefe
O deputado Valter Araújo (PTB-Porto Velho), que está foragido, é apontado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal como chefe da quadrilha que desviava recursos do governo do Estado. Há algo estranho nisso. O ex-secretário-adjunto da Sesau era quem assegurava a manutenção dos esquemas. Era ele quem negociava com deputados.

Só um
Deve haver alguma razão para Batista ter pago os deputados. Aparentemente era para que aprovassem projetos de interesse do governo. Quer dizer então que Batista garantia os esquemas para pagar deputados, negociava com Valter Araújo e não era o chefe? É difícil para o leigo entender quem de fato mandava na quadrilha. Mas com certeza não havia dois chefes.

Tráfico
Para o leigo, essa situação se parece muito com o que acontece quando se trata de tráfico de drogas. A Polícia geralmente prende o pessoal pequeno, que fica mexendo com as sobras do dinheiro do pó. Enquanto isso os grandes traficantes geralmente ficam somente observando, enquanto gastam o dinheiro sujo.

Achaque?
Em Rondônia não existe imprensa marrom. Acontece que a imprensa arco íris está se esbaldando com todas as denúncias que apareceram. Alguns setores aumentaram consideravelmente o faturamento desde que estourou a Operação Termópilas. Todo mundo sabe, mas ninguém fala nada abertamente.

Acerto
Ter acesso a informações não é tão difícil quando se tem boas fontes. Acontece que para publicar algum material é preciso também ter documentação. Mesmo assim quem tem rabo de palha prefere fazer logo um acerto na hora do aperto. Dessa forma, quando estouram escândalos para alguns é momento de ganhar dinheiro para trocar o carro.

Estranho
Não se sabe a razão de o pessoal do prefeito Roberto Sobrinho (PT) ter suprimido o nome do secretário Municipal da Saúde de Porto Velho (Semsau), Williames Pimentel, do material mostrando que o atendimento na rede da Capital está muito bom. Méritos de Pimentel, que melhorou muito a situação dos centros de saúde, das policlínicas e da maternidade municipal.

Está de volta
Guilherme Erse está de volta à esfera política, agora como vice-presidente do diretório municipal do PSD em Porto Velho. Ele está ajudando o presidente, o presidente em exercíocio da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho, a estruturar a legenda na Capital. O partido conta em Rondônia com um deputado federal, dois deputados estaduais e 52 vereadores.
No encontro que reuniu PSD, PSDB, PV e PR na última semana, Guilherme Erse deixou claro que, se por acaso Hermínio Coelho desistir da pré-candidatura à prefeitura da Capital, seu nome estará à disposição. Dificilmente Hermínio desistirá, mas Guilherme aproveitou para marcar posição e deixar claro que pretende alçar vôos altos dentro da legenda, que já tem muitos filiados.
No PSD o clima é de confiança. Guilherme Erse afirmou que a aliança entre os quatro partidos, que poderá contar ainda com o DEM, tem tudo para eleger o próximo prefeito de Porto Velho, se fortalecendo para as eleições de 2014, quando os vereadores e prefeitos que forem eleitos agora ajudarão muito na campanha.

Atrás do toco
Alguns setores do PMDB não querem de maneira nenhuma a coligação com o PT para concorrer à prefeitura de Porto Velho neste ano. São os peemedebistas que defendem com unhas e dentes a candidatura própria. Tratam de tentar rifar a pré-candidatura do diretor do Deosp, Abelardo Castro, e afirmam que o melhor nome é o de Davi Chiquilito, recém chegado no partido após ter desistido de ser comunista.

Alguns peemedebistas estão extremamente confiantes em uma vitória de Davi Chiquilito que teriam decidido ajudar o cidadão a acabar com as falhas que podem lhe tirar votos. Assim, deverão tentar convencer o neo peemedebista a comparecer ao trabalho na governadoria, onde está lotado com CDS 20, no valor de R$ 8 mil. Isso deverá ser até fácil. Difícil será explicar que o expediente começa às 7h30.

Ivo


Quando perguntam ao ex-senador Expedito Júnior (PSDB) quem é seu candidato ele responde prontamente: o Ivo. É claro que todos estranham, devido ao que aconteceu no período que antecedeu as últimas eleições. Então Expedito explica melhor: mas é o Ivo Benitez. Este é o pré-candidato tucano à prefeitura de Porto Velho nas eleições deste ano.

Encontro
A brincadeira de Expedito Júnior foi feita no encontro do PSDB, PV e PR, na última quinta-feira, quando o deputado federal Moreira Mendes colocou o PSD no arco de aliança com esses partidos. O acordo entre as quatro legendas não é válido somente para a Capital, e sim para todo o Estado. A intenção é eleger pelo menos 32 prefeitos.

Esclarecimento
No encontro, o deputado federal Moreira Mendes deixou bem claro que ninguém estava tratando de candidaturas, e sim de pré-candidaturas. É preciso ter cuidado porque uma confusão pode resultar em impugnações. Candidatos só existirão após as convenções. A Justiça Eleitoral sempre fica de olho nessas coisas.

Pré-candidato
Moreira Mendes deixou claro que o pré-candidato do PSD à prefeitura de Porto Velho é o presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho. Ele também elogiou o trabalho desenvolvido no Poder Legislativo, neste momento difícil vivenciado na Casa de Leis.

Bateu
Hermínio Coelho explicou que é preciso modificar a forma como a Capital é administrada. Ele afirmou que hoje não existe um único bairro onde esteja tudo bem, sem problemas com asfalto, saneamento, rede de esgoto ou alagações. Também citou as diversas obras paralisadas vistas em diversos pontos da cidade.

Sesau
É triste a situação no hospital das Irmãs Marcelinas, em Porto Velho. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) estava pagando cerca de R$ 1 milhão por mês para uma empresa limpar aparelhos de ar condicionado em todo o Estado, mas não repassava para as irmãs R$ 300 mil. O dinheiro é do Sistema Único de Saúde (SUS).

Prioridade
As Irmãs Marcelinas desenvolvem um trabalho social em Porto Velho, atendendo famílias carentes. Atendem muito melhor do que os hospitais sob responsabilidade do governo do Estado, por isso merecem um tratamento melhor. O dinheiro vem do governo federal, mas a Sesau ficava “enrolando” na hora do repasse.

Complicado
Por falar em saúde, uma situação que deverá estourar dentro de pouco tempo é a contratação de UTIs no interior. O contrato é somente de boca e teria sido feito pelo ex-secretário-adjunto da Sesau, José Batista da Silva. O problema é que, mesmo sem licitação ou contrato, donos de hospitais receberam dinheiro do governo. Isso resulta em ação judicial.

Intenção
Dono de hospital que aceita fazer um contrato de boca com o governo do Estado e recebe dinheiro, sem participar de licitação, dificilmente está bem intencionado. Esse deverá ser mais um escândalo que envolverá muita gente conhecida. São diversos contratos assim, de Ariquemes até Vilhena. Deverá ser mais um processo contra Batista.

Segredo de Justiça
Ao todo, 18 processos originados da Operação Termópilas seguem em segredo de Justiça. Acontece que a papelada foi enviada à Assembleia Legislativa para que os deputados possam iniciar o julgamento político dos colegas. Isso foi necessário, porque a Comissão Parlamentar Processante (CPP) precisa de subsídios para trabalhar. Assim, será possível ter uma idéia do que a Polícia Federal e Ministério Público do Estado apuraram até agora.
Segmentos organizados da população têm exigido providências em relação aos envolvidos. Para justificar a posição que for tomada em relação aos acusados, os deputados terão que dizer alguma coisa em relação aos processos, seja para atenuar alguma situação ou para mostrar a razão de eventuais cassações de mandato. Assim, será possível ter idéia do que acontecia nos bastidores da Assembleia e também no governo do Estado.
Fatos constrangedores envolvendo a ação da quadrilha deverão ser revelados. Nomes de ex-assessores de primeiro escalão do governo deverão aparecer, bem como a forma como o esquema era operado. O caso é que há nomes citados em conversas telefônicas que continuam atuando no governo. Talvez alguns sejam chamados para depor na CPP.

Atrás do toco
PSD, PSDB, PR e PV participam de um frentão em Rondônia que deverá eleger muitos prefeitos neste ano, se a aliança não for quebrada em alguma trairagem. Em Porto Velho o grupo é forte o suficiente para ir para o segundo turno com o candidato do PT. Os petistas negociam uma nova aliança com o PMBD, que deverá indicar o candidato a vice.

É tido como certo que o PT vai para o segundo turno em Porto Velho, não importa quem seja o candidato. Vencer depois disso é que são elas. O prefeito Roberto Sobrinho tem deixado muito a desejar. Agora mesmo a cidade está tomada por buracos e pelo lixo e diversos pontos alagam. O jeito petista de administrar não tem dado muito certo.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Tentativa


Por pouco os servidores da Saúde não foram “garfados” na Assembleia Legislativa. Isso só não aconteceu porque o presidente da Casa, deputado Hermínio Coelho (PSD-Porto Velho), barrou a tentativa. Isso depois de o deputado Eurípedes Lebrão (PTN-São Francisco) ter “chiado” com deputados governistas e afirmado que os parlamentares não poderiam prejudicar o funcionalismo público.

Salários
Tudo começou quando o líder do governo, deputado Edson Martins (PMDB-Urupá), tentou suprimir o artigo 52 na proposta que autoriza o Executivo a entregar hospitais a Organizações Sociais (OSs). O artigo determina que antes da terceirização, deve ser aprovado o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores da Saúde.

Empurra
O caso é que o Executivo pretende empurrar para o final do ano a aprovação do PCCS, mas quer terceirizar as unidades de saúde já. Quando Edson Martins propôs suprimir o artigo, o deputado Lebrão falou cobras e lagartos, lembrando que se as OSs pegassem os hospitais não iriam querer que o reajuste fosse pago.

Aliado
Como a situação pegou fogo e a deputada Ana da Oito (PT do B-Nova Mamoré) também começou a reclamar da tentativa de Edson Martins, um assessor foi visto levando munição para o deputado Neodi Carlos (PSDC-Machadinho do Oeste). Neodi, como se sabe, era aliado de Ivo Cassol (PP-RO), mas agora é Confúcio Moura (PMDB) desde criancinha.

Eloquência
Neodi Carlos fala muito bem. E usou um bom discurso para convencer os deputados de que seria bom mudar a redação do artigo 52. Falou tão bem que convenceu os colegas. Até mesmo a deputada Epifânia Barbosa (PT-Porto Velho) ficou em cima do muro. Na prática, se a redação for mudada, o PCSS não será aprovado antes da terceirização.

Reclamou
Apenas Lebrão continuou cuspindo marimbondo em relação a Neodi, afirmando que seria uma traição dos deputados com os servidores da saúde. O deputado Kaká Mendonça (PTB-Ministro Andreazza) disse que o melhor seria entregar logo um cheque em branco a governo, porque a Sesau está “uma zorra”, tanto que a cada mês muda o secretário.

Defensor
Neodi, então, pediu ao deputado Hermínio Coelho que o projeto fosse colocado em votação. Disse que era preciso dar um voto de confiança ao governo, que Confúcio Moura precisa de apoio para administrar, que a situação da saúde estava muito difícil. Defendeu com unhas e dentes a alteração do artigo.

Parou
O plano de Neodi e Edson Martins caminhava bem, porque a maioria dos deputados já havia concordado. Acontece que nesse momento o presidente em exercício colocou o pé no freio. Hermínio vem do movimento sindical. Ele afirmou que não admitiria de forma alguma que fosse quebrado um compromisso que havia sido assumido pelos parlamentares com o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde).

Segunda opção
Hermínio se valeu do artigo 50 do Regimento Interno da Assembleia. O presidente tem autoridade para colocar uma emenda em votação imediatamente. Mas também pode não colocar e determinar que ela seja encaminhada de volta às comissões. Ele ficou com a segunda opção. Cabe agora ao Sindsaúde evitar que os servidores sejam prejudicados pela manobra.

Alegre, falante e sorridente
Segundo alguns petistas pré-históricos, Dilminha de Rondônia estaria metendo os pés pelas mãos desde que foi lançada sua pré-candidatura à prefeitura de Porto Velho por Roberto Sobrinho. Dizem que, se estiver reunido um grupo de dez petistas que votam na Dilminha e ela chegar para conversar, perde quatro votos. Dentro deste raciocínio, seria melhor ela permanecer à sobra do prefeito, trancada no gabinete.
Quando ela aparece, petistas começam a se perguntar quem é aquela figura tão amável, simpática e falante. Os que estão há apenas oito anos no partido dizem que nunca a viram pelo diretório. E ainda mais cumprimentando todo mundo e ainda por cima sorrindo. Muitos juram que é uma sósia, porque não pode ser clone. No caso de clonagem, seria alguém igual, inclusive no humor.
Mas os petistas têm fé, porque o período eleitoral é sempre marcado por muitas transformações. Assim, até outubro muita gente sofrerá câimbra nos maxilares, na distribuição de sorrisos, e também hematomas nas mãos, distribuindo cumprimentos poucos rotineiros. É que tem gente que não está acostumada a agir assim e o corpo pode se cansar com esses movimentos.

Atrás do toco
As 40 páginas do pergaminho premiado apresentado aos amigos dos reis custaram 20 mil reais. O advogado cobrou 500 reais por página, redigiu o depoimento e levou a quem de direito. Parte da imprensa teve acesso a um outro conjunto de pergaminhos, de apenas 27 páginas. Coisa leve comparada a este último, que está ainda sigiloso, guardado a sete chaves em em um cofre.

O depoimento é forte e conta todo o esquema de corrupção e seus laços familiares. A maior dor será daqueles que prestam serviço sem licitação e poderão ser internados em suas próprias UTIs pelo mal súbito que poderão ter. Não se sabe o que poderá acontecer com as parcelas de 150 mil reais que foram pagas O advogado não assinou o pergaminho, pois ninguém sabe o mistério.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Outra


O diretório regional do Partido dos Trabalhadores perdeu mais uma para o presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD-Porto Velho). O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou prosseguimento do recurso no processo onde o PT pede o mandato do parlamentar sob a alegação de que ele teria cometido infidelidade partidária.

Saiu
Hermínio deixou o PT para ajudar a fundar o PSD, o que é permitido. No entendimento da Justiça Eleitoral não se caracterizou infidelidade partidária, por isso o parlamentar pode continuar exercendo o mandato. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem entendimento idêntico ao do TRE de Rondônia.

Denúncias
É bom lembrar que Hermínio Coelho deixou o PT somente depois de constatar que o partido não tomaria providências em relação ao prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, acusado de diversas irregularidades. Hermínio já disse diversas vezes que na prefeitura da Capital existe uma quadrilha e que Sobrinho seria o chefe.

Foi bom
Devido à forma como caciques petistas agem, foi muito bom que Hermínio tenha deixado o partido. Se ele continuasse filiado ao PT ocupando a presidência da Assembleia Legislativa, a legenda já teria reivindicado a maioria dos cargos da Casa de Leis. Hermínio teria muito trabalho com os companheiros.

Distribuído
O presidente da Comissão Parlamentar Processante (CPP), deputado Eurípedes Lebrão (PTN-São Francisco), encaminhou aos demais componentes cópia dos 18 processos envolvendo deputados, assessores e empresários acusados de integrar ou colaborar com a quadrilha que desviava recursos do tesouro estadual. Amontoada, a papelada ultrapassa dois metros de altura.

Falha
Parte da imprensa está errando feio ao dizer que a CPP foi instalada em dezembro. Na verdade, naquele mês o deputado Hermínio Coelho apenas autorizou a instalação. Após o final do recesso parlamentar, a decisão foi referendada pelo plenário. Depois disso as bancadas partidárias indicaram os membros. A instalação só aconteceu na última terça-feira.

Prazo
Então, a partir da última terça-feira começou a ser contado o prazo de 90 dias para apresentação do relatório da CPP. Assim foi iniciado o processo de julgamento político dos deputados indiciados pela Polícia Federal durante a Operação Termópilas. O primeiro ato foi o envio das cópias dos 18 processos a todos os deputados que integram a comissão.

Curto
O relator da CPP, deputado Edson Martins (PMDB-Urupá), já disse que 90 dias é pouco tempo para apresentar o relatório. Além da pilha de processos que precisa ser lida, ele citou que é necessário ouvir testemunhas e também as gravações dos depoimentos prestados na Polícia Federal. É indício de que os parlamentares já pensam em pedir prorrogação.

Isento
Edson Martins, como se sabe, é o líder do governo na Assembleia Legislativa. E, como também se sabe, há interesse do governo na cassação do mandato do deputado Valter Araújo (PTB-Porto Velho). Edson, portanto, tem credibilidade para dizer que o prazo de 90 dias é curto para concluir os trabalhos.

Votos fantasmas
Como todo mundo já sabia, na última eleição da diretoria do Sintero foram depositados nas urnas votos de pessoas que não existem. O fato foi comprovado pela comissão encarregada pela Justiça do processo de recontagem. A fraude estava evidente durante a votação, quando uma urna chegou a ser aberta ainda pela manhã, sendo que o processo eleitoral se estendeu até o final da tarde.
Acontece que a oposição sabia desde o início que a roubalheira poderia ser a tática utilizada pelo grupo que há quase 20 anos comanda o Sintero. A diretoria anterior não concordou de maneira nenhuma em utilizar as urnas eletrônicas da Justiça Eleitoral. Os argumentos para que a votação fosse manual foram considerados “furados”. Com as urnas eletrônicas não poderia haver fraude.
O melhor caminho para acabar com os vícios no Sintero é a intervenção. Uma junta governativa pode administrar o sindicato e convocar novas eleições, com seriedade. Paralelamente, bem que poderia ser feita uma devassa nas contas do sindicato. Há muitas denúncias de irregularidade tanto nos gastos quanto na forma como acontece a prestação de contas.

Atrás do toco
O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), ganhou dos companheiros o apelido de Roblula, depois que lançou a pré-candidatura de Dilminha de Rondônia à sua sucessão. Ele tenta copiar o modelo adotado em Brasília. O problema é que Sobrinho não tem mesmo prestígio do ex-presidente, por isso sua ungida dificilmente passará na convenção.

Mas agora os companheiros do partido da estrela já têm alguma coisa para comemorar. Dilminha de Rondônia já está recebendo os militantes. Antes de ela ser pré-candidata à prefeitura da Capital era muito difícil para a companheirada conversar com ela. Agora que ela precisa de votos no próximo dia 25, pelo menos esse problema já foi solucionado.