quarta-feira, 7 de março de 2012

Cancelado


O novo secretário de Estado de Saúde, Gilvan Ramos, cancelou o contrato com a empresa responsável pela limpeza dos aparelhos de ar condicionado no Hospital Regional de Cacoal. O governo estava pagando R$ 100 mil por mês pelo serviço. A roubalheira está nítida. É bom descobrir quem é de fato o dono da empresa.

Roubalheira
A mesma empresa mantém contrato com a Sesau para limpar os aparelhos de ar condicionado em todas as unidades de saúde do Estado. Gilvan Ramos já pediu os processos para verificar o valor dos contratos em Porto Velho. De acordo com o que circula nos bastidores políticos, a empresa arrecada cerca de R$ 1 milhão por mês.

Investigação
Resta saber se o Ministério Público do Estado (MPE) investigará os contratos da empresa, que estaria em nome de laranjas. O esquema teria sido montado por um político que precisa pagar as contas de campanha. Nunca se viu pagar tanto para a limpeza de aparelhos de ar condicionado. O esquema é grande.

Gastos
Uma reclamação do Executivo: Em 2011 Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado (TCE) gastaram 3,6% da arrecadação líquida. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), deveriam gastar 3%. Acontece que a Assembleia gastou um percentual abaixo do permitido, mas o TCE ultrapassou a cota.

‘Caneteiam’
É uma situação complicada. Se a Assembleia Legislativa ou o Executivo gastarem mais do que determina a LRF, os conselheiros do TCE metem a caneta sem piedade, em nome da moralidade. Acontece que ninguém fiscaliza o TCE, que na verdade é um órgão auxiliar da Assembleia. Isso na teoria. Em tempo: em 2011 o Tribunal gastou R$ 53.342.733,61.

UTI
Em Ji-Paraná, o contrato para prestação de serviços na UTI com o governo do Estado foi cancelado. Quem trabalhou provavelmente não receberá um tostão, porque o contrato era somente de boca. De acordo com o que circula na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), há muita “malandragem” no interior.

Pilantropia
É questionável quando um dono de hospital aceita prestar um serviço para o governo através de um acerto “de boca”. Está certo que a filantropia existe, o que pode ter acontecido em Ji-Paraná. Mas devido à roubalheira que estava acontecendo na Sesau alguns casos parecem muito mais com “pilantropia”.

Sintero
No Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintero) a coisa começa a esquentar. A Justiça determinou a recontagem dos votos da última eleição, mas poderia ser pior. Se o Judiciário determinasse uma auditoria no sindicato, para avaliar os gastos da entidade, a situação ficaria feita. O cofre do Sintero é uma espécie de caixa preta, dizem sindicalistas.

Credibilidade
A desconfiança dos filiados em relação ao grupo que há quase 20 anos comanda o Sintero transparece quando os diretores convocam uma greve. A adesão às paralisações é baixa e aparecem boatos de que alguns figurões do sindicato estão negociando vantagens pessoais com o governo do Estado.

Pré-candidatos do PT
Dilminha de Rondônia, Cláudio Carvalho, Fátima Cleide e José Neumar são os pré-candidatos do PT à prefeitura de Porto Velho. Eles serão votados nas prévias do partido, marcadas para o próximo dia 25. As pré-candidaturas foram registradas ontem, no diretório do partido. Claudio Carvalho foi o que apresentou a assinatura do maior número de filiados.
O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, começou a apertar o cerco em torno dos petistas que têm cargos comissionados no município. Quer de todo jeito que votem em Dilminha de Rondônia nas prévias. Não será uma tarefa fácil. Ela tem um gênio considerado difícil por muitos companheiros e não é bem aceita por diversas correntes existentes dentro do partido.
Quanto a Sobrinho, este está muito “enrolado”, devido às acusações que pesam contra ele. A mais séria delas é a de ter aberto um empresa com endereço em sua própria residência para prestar serviços a empresas que dependem da prefeitura para tirar alvará. Ele recebe dinheiro indiretamente dos consórcios que constroem as usinas do rio Madeira.

Atrás do toco
Ainda há dúvidas sobre como será a votação em plenário do processo que pode resultar na cassação do mandato de oito deputados estaduais investigados na Operação Termópilas. É certo que será secreta, mas é preciso dois terços para cassar um mandato. Não se sabe se esses dois terços serão sobre o número total de deputados ou somente sobre os que têm direito a voto.

Se a contagem for sobre o número total de deputados, serão necessários pelo menos 16 votos para cassar um mandato. Sete parlamentares não votarão, porque são investigados. Ocorre que os suplentes não devem ser convocados. Assim, do jeito que está agora, 17 deputados terão direito a voto. Se dois deles decidirem que ninguém deve ser penalizado, não haverá punição alguma.

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