quarta-feira, 7 de março de 2012

Briga


A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) entrou em rota de colisão com o Conselho Estadual de Saúde (CES) e por conta disso o secretário Gilvan Ramos de Almeida deve ser denunciado ao Ministério Público Estadual (MPE) e também ao Federal (MPF). Isso porque Gilvan teria dito que pretende inviabilizar as ações do CES.

Terceirização
A birra de Gilvan com o CES seria porque o conselho entrou na briga para impedir a terceirização da saúde em Rondônia. A medida já foi tentada pelo PMDB em outros Estados, e além de não ter dato certo, os Estados que decidiram entregar hospitais públicos a Organizações Sociais (PSs) foram condenados em ações judiciais.

Cacoal
O que acontece em Cacoal pode servir como exemplo de como agem as OSs. O Hospital Regional está abandonado, os servidores reclamam de maus tratos e os pacientes não são bem atendidos. Quem comanda o hospital é o diretor de uma OS interessada em atuar em Rondônia. Pelo trabalho dele, é possível saber como será a qualidade do atendimento.

Roubalheira
Como se não bastasse, a empresa responsável pela manutenção dos aparelhos de ar condicionado no Hospital Regional de Cacoal recebia R$ 100 mil por mês, até que o contrato foi suspenso no final de fevereiro. Depois, quando dizem que as OSs são uma forma de instituir a roubalheira, tem gente que não concorda.

Dilminha
A Dilminha de Rondônia registrou sua pré-candidatura à prefeitura de Porto Velho. Trata-se de Mirian Saldaña, a chefe de gabinete do prefeito Roberto Sobrinho. Os adversários do PT torcem para que ela consiga passar nas prévias do próximo dia 25, o que será muito difícil, mesmo com Sobrinho pedindo aos petistas comissionados que votem em sua pupila.

Burocrata
Dilminha é aquela burocrata que barra tudo mundo que pretende conversar algum assunto sério com o prefeito. As pequenas negociações são feitas por ela própria. O prefeito terá que “prensar” os comissionados, se deseja mesmo ter votos suficientes para que ela passe para o segundo turnos nas prévias.

Explicação
Aliados da ex-senadora Fátima Cleide (PT) estão inconformados. Ela também é pré-candidata à prefeitura da Capital mas não tem o apoio do prefeito. Sobrinho teria dito que não a apoiaria porque ela teria defendido o projeto de lei que criminaliza a homofobia. Acontece que agora declarou apoio a Dilminha.

Complica
A falta de credibilidade do grupo que há cerca de 20 anos manda e desmanda no Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintero) está cada vez mais nítida. Esta não é a primeira greve convocada pela diretoria com baixa adesão. A base parece ter dificuldade em acreditar no que alegam os caciques.

Afronta
Como se não bastasse, de uns anos para cá o grupo decidiu que pode ficar afrontando a Justiça. Agora querem decidir se param ou não a greve. Ocorre que o Judiciário já julgou o movimento ilegal e estabeleceu multa por descumprimento de sentença. Um golpe forte na diretoria seria abrir a caixa preta em que se transformou o cofre do Sintero.

Agora deve deslanchar
Com a tomada de crédito de R$ 542 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o governo Confúcio Moura (PMDB) deve deslanchar. Há problemas em pontos fundamentais, como saúde e segurança, mas alguns setores estão muito bem, como por exemplo a recuperação de estradas, sob responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
A saúde tem sido o calcanhar de Aquiles de todas as administrações, mas a situação se complica quando o dinheiro escapa pelo ralo. É inadmissível admitir roubos na Secretaria de Estado de Saúde (Sesau). Acontece que essa é a pasta mais visada pelos amigos do alheiro, porque é onde circula um grande volume de recursos. A população carente sofre com essa situação.
Uma das melhores formas de acabar com a roubalheira é permitir fiscalização em cima dos contratos firmados na Sesau. A secretaria deve ficar aberta a órgãos como o Ministério Público e o Conselho Estadual de Saúde (CES). Se o governador decidir agir dessa forma, ficará difícil que continuem metendo a mão em recursos públicos. Com menos dinheiro desviado será mais fácil atender os pacientes.

Atrás do toco
Observa-se uma pressão em torno dos deputados estaduais para que cassem o mandato do deputado Valter Araújo (PTB-Porto Velho). Acontece que pouca gente está atenta ao que acontece na Câmara dos Deputados, em Brasília. Há muito deputado federal na berlinda, condenado por desvio de dinheiro público, mas ninguém fala em cassação de mandato.

Um exemplo é o deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO). A ação penal contra ele chegou a entrar em pauta na última quinta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF), mas ele não foi julgado. Se o Supremo não decidir a seu favor, Natan sairá no Congresso Nacional direto para a cadeia, onde terá que cumprir 13 anos inicialmente em regime fechado.

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