sexta-feira, 16 de março de 2012

Ausência


O deputado Ribamar Araújo (PT-Porto Velho) foi a grande ausência na reunião da Comissão Parlamentar Processante (CPP), realizada na manhã de terça-feira no plenarinho da Assembleia Legislativa. Antes ele parecia apressado, chegando a dizer que os deputados não deveriam nem mesmo ter tido o recesso parlamentar, porque os colegas acusados na Operação Termópilas deveriam ser julgados logo.

Entrevista
Recentemente Ribamar Araújo disse na imprensa que a CCJ estava trabalhando lentamente. Por conta disso, parte da imprensa começou a considerar que os deputados estavam “enrolando”. Foi por isso que muita gente estranhou o não comparecimento de Ribamar à reunião de ontem.

Presentes
Compareceram à reunião da CPP o presidente, deputado Eurípedes Lebrão (PTN-São Francisco), o relator, deputado Edson Martins (PMDB-Urupá), e o vice, Lorival Amorim (PMN-Ariquemes). O deputado Valdivino Tucura (PRS-Cacoal) não compareceu, mas este havia avisa há mais de uma semana que no dia 13 precisaria ir a Brasília.

Secreta
A reunião da CPP foi a portas fechadas, a pedido de Edson Martins e Lorival Amorim. Cinco advogados contratados por deputados participaram, e também assessores técnicos da Assembleia Legislativa. Os levantamentos dos processos continuam sendo feitos pela Casa, para que a comissão tenha subsídios.

Convocação
O presidente da CPP, deputado Lebrão, não descartou a hipótese de convocar todos os envolvidos para que façam a defesa. A próxima reunião está marcada para o próximo dia 20, quando provavelmente sairão as convocações. Acusados que não têm mandato também podem ser chamados para dar explicações.

Lero
Rolando Lero esteve na tarde de ontem na Assembleia Legislativa, mas só conversou com alguns deputados nos bastidores. Não entrou no plenário. Deve ter sido porque alunos da Escola Branca de Neve promoviam um protesto. O comentário era que a Seduc não conseguia resolver nem mesmo um problema de reforma em um colégio, quanto mais colocar em prática as mirabolantes idéias do assessor do governo.

Acordo
Depois de quase terem sido garfados por deputados governistas, diretores do Sindsaúde assinaram um acordo com o chefe da Casa Civil, Juscelino Moraes do Amaral. O governo se comprometeu a não retirar da proposta de terceirizar a saúde o artigo 52, que garante a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), antes de entregar hospitais a Organizações Sociais (OSs).

Cumprido
O que se espera agora é que os demais secretários e assessores do governo cumpram os acordos feitos por Juscelino Amaral. O ex-secretário Ricardo Sá ficou sem credibilidade porque os compromissos feitos por ele não eram honrados pelos assessores. O chefe da Casa Civil representa o governador. Até parentes precisam entender isso.

Parou
O governador Confúcio Moura (PMDB) mandou parar todos os contratos “de boca” firmados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Muitos não serão colocados no papel, porque é preciso definir o que será feito pelo governo e o que ficará sob responsabilidade das Organizações Sociais (OSs) que deverão assumir a administração de hospitais públicos.

O supra sumo Rolando Lero
Defensores do assessor especial do governo para assuntos aleatórios, Rolando Lero, atestaram sua capacidade. Reconheceram, no entanto, que seus conhecimentos são muito elevados para Rondônia. Como ele se formou na Universidade de Sorbonne, o pessoal do Estado, que é meio índio, dificilmente entenderá suas idéias côncavas e convexas. Seria exatamente por isso que ele fala tanto quando visita Porto Velho, pois precisa ter certeza que todos o entenderão.
A primeira impressão que se tem é que Rolando Lero se considera o supra sumo da inteligência. Mas é somente o jeitão dele mesmo. De início, dificilmente ele dará alguma idéia que possa ser aplicada em Rondônia. Por conta disso, parece ter decido mudar a mentalidade dos assessores do governo, numa espécie de catequização em reuniões regadas a muito uísque, que entram pela madrugada adentro.
Quando Rolando Lero tiver certeza que os assessores do governo estão à altura de colocar em prática os projetos que ele tem a oferecer, aí então ele começará a apresentar algumas idéias. Há, sim. Lero é aquele cidadão que foi a uma solenidade no Tribunal de Contas de Rondônia, quando era ministro, e saldou o povo de Roraima. Mas hoje, como assessor do governo, ele já sabe que RO é Rondônia e que Roraima é RR.

Atrás do toco
O ex-deputado Amauri dos Santos (PMDB-Jaru), conhecido como Amauri dos Muletas, está prontinho para assumir um cargo de assessoria na Casa Civil. Ele foi visto na última semana conversando com Juscelino Amaral e já teria dito a amigos que não vê a hora de ser nomeado. Ele não participou das últimas eleições e ficou fora da Assembleia.

Amauri dos Muletas responde a mais de 20 processos por corrupção, peculato, desvio de recursos, improbidade administrativa e diversas outras irregularidades. O ex-deputado já foi condenado em um dos processos e espera agora a publicação da condenação. É considerado um dos maiores fichas sujas existentes dentro do PMDB de Rondônia.

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