segunda-feira, 19 de março de 2012

Reclamações


Auditores fiscais devem procurar o deputado Euclides Maciel (PSDB-Ji-Paraná) para conversar. Na tribuna, o parlamentar reclamou do fato de a categoria ter que lavrar uma grande quantidade de autos de infração para ter um salário de R$ 20 mil por mês. É que eles recebem produtividade, devido a projeto aprovado pelos próprios deputados.

Letras miúdas
O caso é que os deputados entraram em uma situação parecida aos golpes dados em quem não lê as letras miúdas antes de assinar um contrato. O Executivo encaminhou um projeto imenso para ser votado em caráter de urgência e lá pelo meio estava a gratificação por produtividade aos auditores fiscais. Assim, os parlamentares aprovaram ser ler.

Intenção
Mas o deputado Euclides Maciel nada tem contra os auditores e não está achando nem um pouco ruim que eles ganhem R$ 20 mil por mês. A reclamação do parlamentar tem sido com a forma como isso está acontecendo. Ele não está reclamando propriamente do salário, e sim da indústria das multas que foi instalada com a aprovação do projeto.

E os outros?
Trata-se de uma situação complicada. Algumas categorias, como auditores e procuradores recebem altos salários, enquanto a maioria ganha pouco, como por exemplo professores. Está na hora de o governo rever esse quadro. É por isso que estouram greves de vez em quando no Executivo. É preciso implantar uma política salarial mais justa.

Presídio
Interessante o modelo de presídio industrial que a ex-superintendente da Supen, Mirian Spreáfico, queria implantar em Vilhena. É algo que merece existir em Rondônia, porque proporciona uma atividade ao apenado. É muito melhor ter o condenado trabalhando do que tendo tempo para planejar rebeliões e extorsões.

Encrenca
Na época em que Spreáfico queria implantar o presídio industrial, teve problemas com o deputado Luizinho Goebel (PV-Vilhena). Isso porque ela teria tentado enganar o deputado em relação ao local onde o presídio seria construído. Depois, para piorar, a Supen teria tentado fazer a obra sem licitação, alegando que apenas uma empresa poderia ser capaz da execução. Assim não dá.

PT
No próximo dia 25 o Partido dos Trabalhadores realiza em Porto Velho as prévias para decidir que é o pré-candidato à prefeitura da Capital. A ex-senadora Fátima Cleide e o vereador Cláudio Carvalho procuram os filiados para pedir votos. A pré-candidata Dilminha de Rondônia está mais tranquila. O prefeito Roberto Sobrinho estaria pedindo votos por ela.

Rejeição
Fátima Cleide e Cláudio Carvalho contam com a rejeição de Dilminha de Rondônia dentro do partido. Nos últimos anos ela se manteve afastada dos filiados e sua função foi impedir que o público em geral tivesse acesso ao prefeito Roberto Sobrinho. Agora é difícil pedir votos para ela, porque até ontem a relação dela com os filiados não estava boa.

Água fria
Como gato escaldado tem medo de água fria, se o nome escolhido não for o de Dilminha de Rondônia, algumas correntes existentes dentro do PT serão contra deixar Roberto Sobrinho coordenar a campanha eleitoral. Ele já foi coordenador nas últimas eleições estaduais e deu no que deu. Teve que ser substituído no segundo turno.

Povo inteligente
Parente de assessores do prefeito de Vilhena, José Rover (PP), podem ser considerados o supra sumo da inteligência. Pelo menos 70 pessoas ligadas ao pessoal de Rover passaram no concurso feito pela prefeitura para contratação de servidores. É claro que não pode se tratar de favorecimento descarado aos aliados, por isso só resta acreditar que os aliados do prefeito são muito mais inteligentes que os adversários.
O duro é que os adversários de Zé Rover não estão acreditando na capacidade dos aliados do prefeito, por isso mesmo está havendo todo tipo de comentário em Vilhena. É filha recém formada de assessor passando em cargo de nível superior, é filho de aliado vencendo uma grande quantidade de concorrentes. É capaz que alguém levante algum questionamento durante a campanha eleitoral.
Em relação ao funcionalismo, Zé Rover não é bem visto em Vilhena. Na campanha em que se elegeu, ele combatia o que chamava de excesso de servidores comissionados e dizia que iria reduzir o número pela metade. Na época eram 600 cargos. Acontece que agora existem 1.300. Para complicar a vida dele, hoje tem o resultado desse concurso, onde inteligentíssimos parentes de aliados foram aprovados.

Atrás do toco
O secretário chefe de Casa Civil, Juscelino Moraes do Amaral, está sendo muito bem visto pelos deputados na Assembleia. Consegue manter um bom relacionamento com eles e adotou uma estratégia e tanto. Pede aos prefeitos que acionem os parlamentares, antes de procurarem o Executivo para pedir alguma coisa. Está dando certo.

Isso fortalece os deputados em suas bases eleitorais. Eles podem dizer aos eleitores que ajudaram a conseguir o que for dado aos prefeitos. E quando o parlamentar vai com o prefeito à Casa Civil pedir algo, acaba se construindo uma via de mão dupla. Quando o Executivo precisa aprovar alguma coisa, Juscelino procura os deputados.

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