sexta-feira, 9 de março de 2012

Outra


O diretório regional do Partido dos Trabalhadores perdeu mais uma para o presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD-Porto Velho). O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou prosseguimento do recurso no processo onde o PT pede o mandato do parlamentar sob a alegação de que ele teria cometido infidelidade partidária.

Saiu
Hermínio deixou o PT para ajudar a fundar o PSD, o que é permitido. No entendimento da Justiça Eleitoral não se caracterizou infidelidade partidária, por isso o parlamentar pode continuar exercendo o mandato. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem entendimento idêntico ao do TRE de Rondônia.

Denúncias
É bom lembrar que Hermínio Coelho deixou o PT somente depois de constatar que o partido não tomaria providências em relação ao prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, acusado de diversas irregularidades. Hermínio já disse diversas vezes que na prefeitura da Capital existe uma quadrilha e que Sobrinho seria o chefe.

Foi bom
Devido à forma como caciques petistas agem, foi muito bom que Hermínio tenha deixado o partido. Se ele continuasse filiado ao PT ocupando a presidência da Assembleia Legislativa, a legenda já teria reivindicado a maioria dos cargos da Casa de Leis. Hermínio teria muito trabalho com os companheiros.

Distribuído
O presidente da Comissão Parlamentar Processante (CPP), deputado Eurípedes Lebrão (PTN-São Francisco), encaminhou aos demais componentes cópia dos 18 processos envolvendo deputados, assessores e empresários acusados de integrar ou colaborar com a quadrilha que desviava recursos do tesouro estadual. Amontoada, a papelada ultrapassa dois metros de altura.

Falha
Parte da imprensa está errando feio ao dizer que a CPP foi instalada em dezembro. Na verdade, naquele mês o deputado Hermínio Coelho apenas autorizou a instalação. Após o final do recesso parlamentar, a decisão foi referendada pelo plenário. Depois disso as bancadas partidárias indicaram os membros. A instalação só aconteceu na última terça-feira.

Prazo
Então, a partir da última terça-feira começou a ser contado o prazo de 90 dias para apresentação do relatório da CPP. Assim foi iniciado o processo de julgamento político dos deputados indiciados pela Polícia Federal durante a Operação Termópilas. O primeiro ato foi o envio das cópias dos 18 processos a todos os deputados que integram a comissão.

Curto
O relator da CPP, deputado Edson Martins (PMDB-Urupá), já disse que 90 dias é pouco tempo para apresentar o relatório. Além da pilha de processos que precisa ser lida, ele citou que é necessário ouvir testemunhas e também as gravações dos depoimentos prestados na Polícia Federal. É indício de que os parlamentares já pensam em pedir prorrogação.

Isento
Edson Martins, como se sabe, é o líder do governo na Assembleia Legislativa. E, como também se sabe, há interesse do governo na cassação do mandato do deputado Valter Araújo (PTB-Porto Velho). Edson, portanto, tem credibilidade para dizer que o prazo de 90 dias é curto para concluir os trabalhos.

Votos fantasmas
Como todo mundo já sabia, na última eleição da diretoria do Sintero foram depositados nas urnas votos de pessoas que não existem. O fato foi comprovado pela comissão encarregada pela Justiça do processo de recontagem. A fraude estava evidente durante a votação, quando uma urna chegou a ser aberta ainda pela manhã, sendo que o processo eleitoral se estendeu até o final da tarde.
Acontece que a oposição sabia desde o início que a roubalheira poderia ser a tática utilizada pelo grupo que há quase 20 anos comanda o Sintero. A diretoria anterior não concordou de maneira nenhuma em utilizar as urnas eletrônicas da Justiça Eleitoral. Os argumentos para que a votação fosse manual foram considerados “furados”. Com as urnas eletrônicas não poderia haver fraude.
O melhor caminho para acabar com os vícios no Sintero é a intervenção. Uma junta governativa pode administrar o sindicato e convocar novas eleições, com seriedade. Paralelamente, bem que poderia ser feita uma devassa nas contas do sindicato. Há muitas denúncias de irregularidade tanto nos gastos quanto na forma como acontece a prestação de contas.

Atrás do toco
O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), ganhou dos companheiros o apelido de Roblula, depois que lançou a pré-candidatura de Dilminha de Rondônia à sua sucessão. Ele tenta copiar o modelo adotado em Brasília. O problema é que Sobrinho não tem mesmo prestígio do ex-presidente, por isso sua ungida dificilmente passará na convenção.

Mas agora os companheiros do partido da estrela já têm alguma coisa para comemorar. Dilminha de Rondônia já está recebendo os militantes. Antes de ela ser pré-candidata à prefeitura da Capital era muito difícil para a companheirada conversar com ela. Agora que ela precisa de votos no próximo dia 25, pelo menos esse problema já foi solucionado.

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