segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Conversa


Seria interessante o governo do Estado explicar melhor a questão da isenção de impostos que beneficiou as usinas do Madeira. Foi algo decidido pelo governo Lula e bem discutido com o então governador Ivo Cassol. A União repassou mais de R$ 2 bilhões para Rondônia, fora o que chegou aos cofres através dos consórcios de Santo Antônio e Jirau e por conta disso pediu a isenção.

Carnaval
Provavelmente devido à proximidade da festa momesca, o hoje senador Ivo Cassol (PP-RO) promoveu o maior carnaval por conta do empréstimo pedido pelo governo e por conta disso citou que Confúcio Moura (PMDB) isentou as usinas do pagamento do imposto, algo em torno de R$ 600 milhões. Pura falácia.

Reação
O caso é que até então, todos podiam bater no governo Confúcio porque ninguém reagia. Agora isso mudou. Assim, Ivo Cassol acabou sendo desmascarado em uma audiência pública que deixou lotadas as galerias da Assembleia Legislativa. Todos ficaram sabendo que foi Cassol quem concordou com a isenção.

Isenção
É sempre bom lembrar que o governo federal é o maior acionista das obras, as maiores do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Assim, decidiu que a isenção deveria ser dada. O Estado foi autorizado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a conceder o benefício, o que acabou ocorrendo.

Combinação
O Confaz é formado por secretários de Fazenda de todos os Estados e pelo ministro da Fazenda. Rondônia não receberia autorização para abrir mão de mais de R$ 600 milhões de receita se não houvesse interesse do governo federal nisso. Foi algo muito bem combinado entre o então governador Ivo Cassol e a União.

Beneficiados
Ocorre que a isenção não beneficiou somente os consórcios de Santo Antônio e Jirau. Diversas empresas que importaram produtos fabricados foram do Brasil também foram atendidas. Entre elas estão as pequenas centrais hidrelétricas do hoje senador Ivo Cassol. Será que ele se esqueceu de tudo isso quando criticava Confúcio?

Greve?
Tímida a greve anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintero). A direção do sindicato demonstra que ao longo dos anos perdeu o contato com a base devido ao envolvimento com negociatas. Agora a base não atende mais as convocações, porque percebeu que algumas vezes era usada como moeda de troca.

Explicações
Hoje muita gente garante que as contas do Sintero são uma verdadeira caixa preta. O melhor caminho para recuperar a credibilidade seria a atual direção mostrar que existe zelo com os cofres, deixando que os gastos fossem verificados pelo pessoal mais incrédulo. Mas dificilmente o presidente Manezinho fará isso.

Prejudicou
A diretoria do Sintero já chegou a ir à Justiça contra filiados, após meter a mão no bolso deles com troca de advogados em processo ganho em última instância. Trata-se de algo nunca visto no sindicalismo de Rondônia. É claro que diante disso o grupo que comanda a entidade fica muito mal visto.

Indicação técnica
O coronel Fernando Prettz teve ontem uma reunião com servidores do Departamento de Polícia Legislativa (Depol), para mostrar como deve ser o trabalho de agora em diante. Ele foi nomeado diretor do departamento há alguns dias, mas esperava que a cedência fosse autorizada pelo governador Confúcio Moura, para poder se apresentar oficialmente.
É bom explicar que a indicação do coronel Prettz para o cargo não é política, e sim técnica. Ele foi indicado pelo comando da PM e chegou em um momento em que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD-Porto Velho) está sendo ameaçado. O Poder Legislativo passa por dias turbulentos.
Ele tem tudo para desenvolver um bom trabalho, e assim mostrar que reúne todas as condições necessárias para ser comandante da Polícia Militar. O coronel Prettz conta com servidores da própria Assembleia Legislativa, lotados no Depol, e também com policiais militares. Esses cuidam mais do serviço externo, como a segurança do presidente da Casa.

Atrás do toco
Estranha a atitude do ex-deputado federal Lindomar Garçom (PV). Aparentemente decidiu assumir a condição de “traíra político”. Primeiro ele estava junto com caciques do PR e do PSDC, dizendo que fazia parte de uma composição com esses partidos visando conquistar a prefeitura de Porto Velho. Depois foi nomeado assessor do governador Confúcio Moura (PMDB), que nada tem a ver com os dois partidos.

Logo após ter sido nomeado assessor do governo, Garçom desapareceu das vistas dos dirigentes do PR e do PSDB, tanto que sua “trairagem política” começou a ser comentada. Agora o ex-deputado alega que apesar de ser assessor do governador continua no grupo formado por tucanos e republicanos. Agora não está bem claro em quem Lindomar Garçom está passando a perna. Seria por acaso no governador?

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