sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Coragem


Em Porto Velho, representantes de bancos particulares que fazem empréstimo consignado se animaram com a manutenção da prisão do ex-secretário-adjunto da Saúde, José Batista da Silva, e decidiram abrir a boca. Avisam que os “rolos” feitos por Batista no sistema de consignação na folha de pagamento é grande. Falam em cobrança de propina, achaque e tráfico de influência. Alegam que o ex-secretário abusava do poder para ganhar dinheiro.

Confusão
Ainda não terminou a confusão causada por diretores do Sindsaúde na assembléia realizada em Pimenta Bueno no último dia 16 de setembro para tomada de decisões sobre o plano de saúde da Asper. Golberi da Paixão Leitão e Roberto Ferreira invadiram a sede do Sintero. Eles foram barrados na portaria por não serem beneficiários do plano, mas alegaram ser diretores do Sindsaúde.

Carro
É fácil saber se eles estavam a serviço do Sindsaúde ou não, porque os dois usavam um carro do sindicato. Na hora de forçar a entrada no auditório do Sintero, Roberto jogou o robusto corpanzil contra a porta de vidro temperado, prensando o braço de uma técnica de enfermagem. Com marcas roxas, ela passou por exame de corpo de delito. Agora, o braço começa a apresentar sérios problemas.

Audiência
A Polícia Militar registrou ocorrência e a audiência na Justiça já foi realizada. Roberto e Leitão não compareceram, conforme consta na ata. Foi determinado que fosse enviada a Porto Velho uma carta precatória. A técnica de enfermagem, que é filiada ao Sindsaúde, prepara agora ação civil contra o próprio sindicato, que oficialmente não se manifestou em relação à atitude dos dois diretores.

Explicação
O presidente do Sindsaúde, Caio Marin, vive cobrando moralidade, mas até agora não deu nenhuma explicação em relação ao fato de dois diretores do sindicato terem ido de Porto Velho a Pimenta Bueno tumultuar uma reunião de uma associação ao qual eles não pertencem e ainda por cima agredir filiados. É muito estranha a política adotada pelo grupo que assumiu o comando do Sindicato dos Servidores da Saúde.

Enrolam
A Polícia Civil estaria de enrolação com aprovados no último concurso público. Precisa de gente, mas teria decidido promover outro concurso em vez de chamar os melhores colocados no anterior. Assim, diversos aprovados se preparam para entrar com ação contra o governo, alegando desperdício de dinheiro público com concursos.

Prévias
O petista que pretende concorrer nas prévias para decidir quem será o pré-candidato a prefeito de Porto Velho deve se inscrever até o próximo dia 29. Também precisará explicar a razão da pretensão e citar as vantagens de ser o escolhido. A partir de março já deverá ser possível saber quem terá o apoio da maioria dos companheiros.

Na corda bamba
O mandato do deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO) pode estar chegando ao final. O último recurso dele está prestes a ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi condenado por desviar dinheiro da Assembleia Legislativa na época que seu irmão, Marco Antonio Donadon (PMDB-Vilhena), era presidente da Casa. O processo se arrasta há anos. Na última legislatura Natan chegou a renunciar para evitar a cassação.
O deputado estadual Marco Donadon também foi condenado por desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa, mas o processo tramita lentamente pelos caminhos da Justiça, sem que se chegue a uma decisão final, como no caso do irmão deputado federal. Algumas vezes ele passa a impressão de que se esqueceu da ação criminal. Recentemente o parlamentar chegou a cobrar moralidade em uma sessão da Casa de Leis.
As evidências de desvio de dinheiro público enfraqueceram os Donadon no Cone Sul, principalmente em Vilhena, onde o clã foi considerado imbatível durante anos. Com as condenações o eleitor começou a acordar e outros políticos que não têm o sobrenome Donadon se fortaleceram, como o deputado Luizinho Goebel (PV). Isso deverá ser comprovado nas eleições municipais deste ano.

Atrás do toco
O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), começou a sentir os primeiros reflexos de ter vetado o projeto aprovado pela Câmara de Vereadores, prevendo homenagear o carnavalesco Manoel Mendonça, o Manelão, colocando seu nome no Mercado Cultural. Sobrinho foi vaiado no baile municipal de carnaval, realizado na última sexta-feira no clube Talismã 21.

Manelão é o fundador da Banda do Vai Quem Quer, que tradicionalmente abre o carnaval de rua de Porto Velho. Acontece que o carnavalesco teve problemas com o prefeito, a quem acusou de não apoiar a festa momesca. Sobrinho teria vetado a homenagem e isso teria irritado as cerca de duas mil pessoas que estavam no baile da última sexta-feira. A vaia foi ensurdecedora.

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