Na época em que Milton Moreira era o secretário de Estado de Saúde, era comum ouvir dizer que após o governo Cassol ele seria preso. As informações que circulavam nos bastidores eram a de que a roubalheira na Sesau era algo monstruoso. Agora ele está com os bens bloqueados pela Justiça em ação movida pelo Ministério Público do Estado por compra de material superfaturado.
Briga
Nos próximos dias o governo enfrentará uma briga feia. A terceirização do João Paulo II e do Hospital de Base já teria sido decidida. Organizações ligadas à saúde e sindicalistas já começaram a anunciar protestos e ações judiciais contra a medida. Ao que tudo indica o barulho será grande.
Porcaria
Se a terceirização deixar o João Paulo II e o HB igual ao Hospital Regional de Cacoal, a coisa ficará feia mesmo. São muitas as reclamações em Cacoal. Lá não houve terceirização, por enquanto, mas a direção é ligada a uma organização social igual às que desejam assumir o controle dos hospitais públicos. A população não é bem atendida e funcionários acusam os diretores de perseguição.
Justiça cega
Quando um juiz ou juíza falha e um menor infrator é prejudicado, o magistrado sofre seriamente as consequências. Não importa se o menor seja perigoso ou assassino. O Estado ampara muito mais a “crionça” do que o juiz ou as vítimas. Os pais da “fera” se passam por bonzinhos e são indenizados. Seria interessante mudar a imagem da Justiça, de uma mulher cega. Na visão machista, seria melhor colocar um homem de olhos bem abertos.
Mudança
O Sintero, quem diria, parece estar abandonando a postura pelega e ameaça o governo com uma greve. O presidente, Manézinho, é do grupo que comanda o sindicato há quase 20 anos. Só falta agora ele moralizar a entidade e fazer uma devassa nas contas para ver se as denúncias de desvio de dinheiro são verdadeiras. Mas ele dificilmente fará isso...
Apuração
Por onde passa, o deputado Eurípedes Lebrão (PTN-São Francisco) é chamado para explicar o que fará a Comissão Processante, que será instalada para apurar denúncias de envolvimento de parlamentares com desvio de recursos públicos. Ele adianta que só terá novidades após o próximo dia 15, quando termina o recesso parlamentar.
Quadro
As denúncias contra parlamentares mudaram totalmente o quadro sucessório em Porto Velho, porque foram atingidos deputados que estavam bem vistos perante a população. Podem ser citados os casos de Valter Araújo (PTB), Epifânia Barbosa (PT) e Zequinha Araújo (PMDB). Este último estava em alta para ser candidato a prefeito.
Sem oposição
O governador Confúcio Moura (PMDB) praticamente não terá oposição na Assembleia Legislativa a partir de agora. Oficialmente ele conversou com os deputados, os desembargadores e promotores explicando que precisa de apoio para garantir a governabilidade e o progresso. Assim, teria conseguido sensibilizar os opositores na Casa de Leis e garantir votos de confiança em projetos de interesse do Executivo.
Nos bastidores circula uma informação um pouco diferente da oficial. Confúcio teria chamado os deputados e dito que prestigiará os parceiros. Neste ano, somando as emendas individuais e as de bancada, os deputados terão o direito de repassar R$ 4,5 milhões a associações e municípios. Quem rezar na cartilha do Executivo será atendido. Quem achar melhor ficar na oposição simplesmente ficará sem as preciosas emendas parlamentares.
Como deputado sem emenda está na cova, Confúcio deverá conseguir os votos que precisa para aprovar os projetos. Isso inclui a autorização para o empréstimo de R$ 500 milhões junto ao governo federal. O senador Ivo Cassol (PP-RO) já foi à Assembleia pedir aos deputados que não autorizem o governo a emprestar esse dinheiro. Acontece que aos parlamentares interessa muito mais estar bem com o governador e assegurar as emendas.
Atrás do toco
Durante discurso proferido na última quarta-feira, o governador Confúcio Moura (PMDB) fez um verdadeiro desabado. Deu a entender que a situação está muito feia e reclamou demais do secretariado. Ao que tudo indica, ele deve trocar assessores de primeiro escalão dentro de pouco tempo. Muita gente estranhou o tom de desespero dado ao discurso.
Confúcio enfrentará alguns problemas. Antes, quando Claudir Mata era presidente do Sintero, ele mantinha sob controle o sindicato dos professores. Agora isso mudou e a categoria ameaça entrar em greve se não houver um substancial reajuste de salário. Devido à terceirização de hospitais pode haver greve na saúde. Ele tem razão em estar preocupado.
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