terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Arretado


O ouvidor da Assembleia Legislativa, deputado Ribamar Araújo (PT-Porto Velho), concedeu entrevista a um programa de televisão dizendo que recebeu muitas reclamações em relação aos deputados investigados pela Polícia Federal. Disse, ainda, que se fosse por ele nem teria havido recesso devido aos problemas verificados na Casa de Leis. Para arrematar, ainda disse que faria um relatório após ter ouvido as pessoas.

Pito
Já o deputado Eurípedes Lebrão (PTN-São Francisco), disse que se havia alguém que poderia falar em providências contra deputados era ele, por ser o corregedor da Assembleia Legislativa. Lebrão e Ribamar tiveram uma conversa áspera e a coisa esquentou quando o corregedor disse que o petista não poderia continuar fazendo o que queria somente por ser irmão do presidente afastado da Casa, deputado Valter Araújo (PTB-Porto Velho).

Réplica
Ribamar Araújo pediu para ser respeitado por Lebrão, alegando não ser irmão de Valter Araújo, apesar de ter o mesmo sobrenome. Irritado, o petista lembrou que não votou na chapa de Valter nem na primeira e nem na segunda vez. Lebrão disse que mesmo assim Ribamar não deveria extrapolar suas funções, afirmando que a corregedoria da Casa cumpriria seu papel regimental normalmente, sem fiscalização.

Casa Civil
Quando terminar o recesso parlamentar na Assembleia Legislativa será possível saber se o novo chefe da Casa Civil, Juscelino Amaral, terá mesmo força para resolver problemas do governo. Capacidade para isso ele tem de sobra, mas não se sabe se os secretários de Estado cumprirão os acordos políticos que precisarão ser feitos por Juscelino. Os secretários já demonstraram rebeldia no passado.

Teimosos
O ex-secretário chefe da Casa Civil, Ricardo de Sá Vieira, ficou sem força na Assembleia justamente porque muitas vezes os assessores de primeiro escalão do governador não davam à mínima para os compromissos que ele firmava. Assim, o troco sempre era dado. Projetos de interesse do Executivo caminhavam a passos de tartaruga e os secretários tinham que ir à Casa de Leis levar puxões de orelha.

Comportas
Em Porto Velho, moradores do bairro Triângulo estão assustados. As comportas das usinas do Madeira são abertas mais de uma vez por dia e o nível do rio sobe, castigando os barrancos e chegando bem perto das casas. O prefeito Roberto Sobrinho (PT) havia prometido entregar casas à população afetada, mas não cumpriu o que disse. Desta vez, dizer que ele pisou no tomate é pouco. Sapateou sobre o tomateiro.

Barcos
Moradores explicam que a impressão que se tem é a de que barcos de grande porte estão passando no rio Madeira, próximo às casas, tão forte são os solavancos causados pela água com a abertura das comportas. No local, o esporte preferido é falar mal do prefeito, usando sempre seu conhecido apelido.

A promoção de Vicente

Na solenidade de posse na Controladoria Geral de Apoio à Governadoria (CGAG), Vicente Moura, que deixou o cargo, explicou que na realidade não foi exonerado, e sim promovido. Ele disse, ainda, que o governador Confúcio Moura (PMDB) estava realizando algumas mudanças em sua administração por isso havia nomeado Waldo Alves o novo controlador.
Vicente alertou aos desavisados que prosseguia forte no governo e que continuaria trabalhando como o braço direito de Confúcio. Comunicou que passaria a desenvolver uma função importante, como ouvidor do Executivo, e que assim poderia ajudar muito o governo a melhorar suas atividades. Dado o recado a quem estava por fora do que acontecia, ele desejou sorte ao novo controlador.
Apesar do discurso, tinha gente tão desligada que continuou entendendo que Vicente foi exonerado mesmo. Outros, mais desligados ainda, não viram promoção alguma e sim rebaixamento, porque a ouvidoria, que funciona no Shopping Cidadão, é subordinada à CGAG. De qualquer forma, Vicente não deverá ter tanto trabalho lá. As principais reclamações em relação ao governo eram justamente sobre a CGAG, mas agora o controlador foi substituído. Os maldosos dizem até que o governador deve ser canhoto, para ter um braço direito assim.

Atrás do toco
Aos poucos o ex-deputado Silvernani Santos foi perdendo força no governo do Estado. Recentemente, seu sobrinho foi exonerado da Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (Soph) e no lugar dele entrou o ex-chefe da Casa Civil, Ricardo de Sá Vieira. Um pouco antes, um outro sobrinho dele foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Termópilas.

Correligionários do deputado federal Mauro Nazif (PSB-RO) reclamaram. Não querem que se diga que ele é sempre candidato a prefeito de Porto Velho, que sempre larga na frente dos adversários e que sempre é ultrapassado por praticamente todos. Dizem também, que ele é um excelente administrador. De fato. Ficou um mês na Secretaria de Saúde, no governo Raupp.

Nenhum comentário:

Postar um comentário