Um filiado ao PSC estaria usando grampos telefônicos para ganhar dinheiro com chantagem. O cidadão ocupa cargo comissionado no governo do Estado e tem acesso a gravações. Entra em contato com gente que tem o telefone vigiado e consegue dinheiro. Ele acaba se dando bem porque o pessoal resolve pagar, em vez de denunciar o meliante à Polícia, ao governador. E ele ainda alega que é contribuição para um fundo partidário.
Pró-Saúde
A forma como diretores do Hospital Regional de Cacoal administram a unidade pode atrapalhar a proposta do governo, de terceirizar a saúde. Além de o atendimento prestado não ser considerado bom por muita gente, há constantes tentativas de intimidação de funcionários. Os diretores são ligados ao Pró-Saúde, uma das Organizações Sociais (OSs) que pretendem administrar hospitais públicos no Estado.
Denúncias
Há acusações de que diretores do Hospital Regional de Cacoal teriam dito abertamente que funcionários deviam pedir demissão do governo e trabalhar diretamente para o Pró-Saúde. Em Cacoal, os servidores já entenderam o que pode significar para eles a terceirização. Como já foi decidido que unidades de saúde serão entregues a OSs, o jeito será exercer uma rigorosa fiscalização, para evitar desmandos.
Missão
O novo chefe da Casa Civil, Juscelino Moraes do Amaral, tem a responsabilidade de ser o interlocutor do governador Confúcio Moura (PMDB) com os demais secretários e também com a Assembleia Legislativa. Dotado de jogo de cintura, ele não deverá enfrentar tantas dificuldades, principalmente porque agora a maior parte dos deputados tende a votar favorável aos projetos do Executivo.
Paz
Confúcio enviou um recado ao presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD). Disse que não pretende interferir na questão da mesa diretora da Casa de Leis. Avisou, ainda, que se houver problemas com algum deputado governista, ajudará Hermínio a resolver a situação. Talvez seja algo difícil de ser cumprido se estiver em jogo a presidência do Legislativo Estadual.
Pergunta
O recado de Confúcio Moura foi enviado após um encontro do governador com a imprensa. Uma repórter inexperiente perguntou o que ele tinha a dizer de uma declaração de Hermínio Coelho, de que o governo é corrupto até a alma. Depois repórteres que cobrem a área de política explicaram que Hermínio em nenhum momento se dirigiu a Confúcio. O deputado havia reclamado de problemas no Executivo, e não do governador.
Comunistas querem dar o troco
Tudo indica que em Porto Velho o PC do B não deverá seguir os caciques do partido nas eleições deste ano porque os maiorais alçaram vôos próprios e se afastaram da base. Os chefões, muitos deles tidos anteriormente como homens de bem, se envolveram com alguns políticos e se tornaram homens de bens. De muitos bens. Murmurinhos dão conta de que, envolvidos com um órgão federal, chegaram a comprar um imóvel de R$ 9 milhões por R$ 12 milhões. A base quer saber onde está o restante do dinheiro.
O objetivo de muitos comunistas agora é dar o troco aos líderes do PC do B, que teriam se tornado empresários rapidamente, negociando o partido. Como protesto, existe até mesmo o risco de a base apoiar o PSB, que deverá lançar como candidato a prefeito de Porto Velho o deputado federal Mauro Nazif. Não que o parlamentar seja considerado confiável pelos comunistas. A intenção seria mostrar que os militantes preferem até mesmo ficar ao lado de Nazif para não acompanhar as lideranças, que dizem dar as cartas.
Alguns dos líderes já apresentavam passado duvidoso antes de começarem a ganhar dinheiro fácil graças ao PC do B. Existe a turma que atuou ao lado do ex-prefeito Agmar Piau, em Jaru. O erro de Piau teria sido confiar demais. Assim, alguns de seus assessores teriam roubado tanto que por pouco não quebraram a prefeitura. Eles pisaram na bola, mas a má fama ficou com o ex-prefeito. Da mesma forma agora estão negociando um partido, mas a fama de vendido não está ficando com eles, e sim com o PC do B.
A base comunista sabe muito bem que os caciques apoiarão o PMDB, não importando quem seja o candidato a prefeito. Assim, a tendência é ficar ao lado de alguém que não seja de maneira alguma potencial aliado dos peemedebistas no segundo turno. A irritação é tanta com os comandantes de seu próprio partido que os militantes do PC do B pretendem trabalhar para quem for o maior adversário do PMDB. Querem mostrar que os líderes comunistas venderam uma mercadoria que não podem entregar.
Atrás do toco
Uma parcela dos líderes peemedebistas ainda não tirou da cabeça a idéia de lançar o ex-comunista Davi Chiquilito como candidato do partido à prefeitura de Porto Velho. Ele foi atraído para o PMDB, recebeu um cargo na governadoria com o CDS 20, uma gratificação e tanto, e deixou o PC do B. Esse processo desagradou à militância pecebista, que nunca encarou o empresário Davi Chiquilito como um comunista de verdade.
Os líderes peemedebistas enfrentarão alguns problemas se lançarem mesmo Davi Chiquilito como candidato. O caso é que ele não comparece à governadoria para trabalhar. Não está doente, porque é visto constantemente na calçada da fama. Assim, deve assessorar o governador Confúcio Moura em algum outro lugar. Ocorre que, mesmo ele não sendo funcionário fantasma, se essa pecha colar acabará pesando em uma eleição.
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