Casa Civil

O chefe da Casa Civil, Juscelino Moraes do Amaral, trabalha para que os projetos de interesse do Executivo não fiquem travados na Assembleia Legislativa. Assim que terminar o recesso parlamentar, no próximo mês, diversas mensagens serão enviadas pelo governador à Casa de Leis em regime de urgência.

Boa vizinhança

Juscelino tem mantido contato com o presidente em exercício da Assembleia Legislativa, Hermínio Coelho (PSD-Porto Velho), e explicado que o Executivo precisa atuar em harmonia com os deputados. Ele tem afirmado que os interesses da população devem estar sempre em primeiro plano.

Mudança

O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), deve abandonar a pretensão de lançar a candidatura da deputada Epifânia Barbosa (PT) à sua sucessão e passar a apoiar o secretário Municipal de Transportes, o vereador licenciado Claudio Carvalho (PT). Ele voltou de viagem e logo tratará do assunto.

Reforço

Claudio Carvalho não era o preferido de Sobrinho e já tinha conseguido o apoio de diversas lideranças dentro do PT para ser o pré-candidato do partido. O apoio que o secretário já assegurou será somado ao que será obtido pelo prefeito nos próximos dias, devendo atingir uma margem considerável dentro da legenda.

Nos eixos

Sobrinho deverá conversar com algumas assessoras de primeiro escalão que estariam propensas a declarar apoio à pré-candidatura da ex-senadora Fátima Cleide (PT). Deverá explicar com todas as letras que resolveu apoiar Claudio Carvalho e que espera fidelidade de quem está trabalhando com ele.

Pressão

Parlamentares acusados de envolvimento com desvio de recursos do tesouro estadual apelam para o deputado Hermínio Coelho. Eles temem a cassação do mandato, algo que é possível devido à pressão sob o Legislativo. Acontece que, mesmo que quisesse, Hermínio pouco faria pelos colegas.

Minerva

Hermínio nem votará caso seja colocado em plenário a cassação de algum parlamentar. Como presidente em exercício, ele só vota em caso de empate. Assim, os deputados devem procurar os demais parlamentares, coisa que também está acontecendo. Fevereiro deve ser um mês tumultuado na Assembleia Legislativa.

Inconstitucional

É bom lembrar que não há nada na legislação que permita a juiz de Direito afastar deputado, nem no mandato nem da mesa diretora da Assembleia. Qualquer medida assim é inconstitucional. Mas o que se nota é a indignação do magistrado com a situação. Há muita gente protestando contra a atual situação na Casa de Leis.

Devem

Se todos os deputados estivessem com a consciência tranqüila, jamais admitiriam uma ordem de afastar um deles. Acontece que muitos estão devendo, como está sendo visto com a divulgação de gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal. Então, o jeito é agüentar o tranco. Quem não deve, não teme. Agora, que deve...

Problemas em Santo Antônio

O Consórcio Santo Antônio começa a enfrentar sérios problemas com as turbinas instaladas no rio Madeira. As maiores turbinas bulbos do mundo têm capacidade para gerar 15 megawatts, mas as instaladas na hidrelétrica são gigantescas, podendo gerar 75 megawatts. O problema é que elas nunca foram testadas em lugar algum do planeta e as duas primeiras não funcionaram.

A Santo Antônio Energia comprou turbinas de diversos países. E elas são diferentes, principalmente no sistema de lubrificação dos mancais. Duas delas foram instaladas às pressas para que o cronograma fosse cumprido, já que quatro turbinas devem estar gerando energia até o final do próximo mês. As duas simplesmente não giraram, talvez por não terem sido limpas.

Um outro problema enfrentado pelo consórcio construtor é o Madeira, rio mais rápido do mundo. Os engenheiros não sabiam disso quando começaram a construir a usina. Por ser um rio novo, muito sedimento tem sido trazido, o que está complicando ainda mais a situação. Os técnicos não esperavam por nada parecido. Uma coisa já se sabe: o impacto ambiental será violento.

Atrás do toco

Estourou mais um escândalo envolvendo a Assembleia Legislativa. Divulgação de grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal revela que o deputado Valter Araújo (PTB) poderia ter recebido dinheiro para intermediar restituições a ex-deputados, de descontos efetuados em folha de pagamento e repassados à Receita Federal.

Esse é mais um fato complicador na vida de Valter Araújo, que deverá ser julgado pelos colegas nos próximos dias. A tendência é que o parlamentar tenha o mandato cassado. Enquanto isso, outros deputados investigados na Operação Termópilas ficam bem quietos, esperando ser absolvidos pela Comissão Processante e pelo plenário.